Código
P038
Área Técnica
Epidemiologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Faculdade São Leopoldo Mandic
Autores
- VITORIA DE ANDRADE MENDONÇA (Interesse Comercial: NÃO)
- Julia Daudt de Faro Salamonde (Interesse Comercial: NÃO)
- Beatriz Denadai Golfi (Interesse Comercial: NÃO)
- Victor Hugo Sardinha de Freitas (Interesse Comercial: NÃO)
- Fernanda Helena de Macedo Assayag (Interesse Comercial: NÃO)
- João Fernando Sobanski (Interesse Comercial: NÃO)
- Fernanda Sotto do Valle Pinheiro (Interesse Comercial: NÃO)
- Théo Dechichi (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PREVALENCIA DE AMETROPIAS EM POPULAÇOES RIBEIRINHAS DO RIO TAPAJOS: UMA ANALISE COMPARATIVA
Objetivo
Determinar a prevalência de erros refrativos na população ribeirinha do Rio Tapajós (Pará) e correlacioná-la com estudos nacionais sobre a prevalência de miopia e demais erros refrativos.
Método
Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo, com casuística de 465 indivíduos, realizado entre os dias 02 e 11 de julho de 2024. Participaram pessoas de ambos os sexos, com idades entre 11 meses e 97 anos, atendidas em clínicas oftalmológicas móveis em 28 comunidades ribeirinhas do Rio Tapajós, Pará. A triagem incluiu formulários com dados sociodemográficos e avaliação da acuidade visual com tabela de Snellen, exames com lâmpada de fenda, autorefrator e refrator de Greens.
Resultado
Dos diagnósticos obtidos, 8% correspondiam a ametropias: 3,4% de hipermetropia, 2,3% de astigmatismo e 2,3% de miopia. Quanto à distribuição etária, 2,9% dos casos ocorreram em indivíduos com 60 anos ou mais, 85,7% em pessoas entre 20 e 59 anos, e 11,4% na faixa etária de 11 a 19 anos. Nesta última faixa etária, 14,3% apresentaram miopia, e nenhum caso foi identificado entre crianças de 0 a 10 anos.
Conclusão
Observou-se baixa prevalência de erros refrativos na população analisada, com destaque para o diagnóstico de miopia (2,3%). Tal resultado difere de estudos conduzidos em outras regiões do país. Importa ressaltar que a população atendida tem acesso limitado à internet e à telefonia celular, e que a região Norte possui a segunda maior taxa de analfabetismo e de ensino fundamental incompleto do Brasil. Ao se considerar a distribuição das ametropias por faixa etária, verificou-se maior prevalência entre indivíduos de 20 a 59 anos, em comparação com as demais faixas. Ressalta-se a baixa prevalência de miopia na faixa de 11 a 19 anos (14,3%) e a ausência de casos registrados em idade escolar, entre 5 e 10 anos.