Código
P016
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Autores
- MARIANA MIGUEL DE CAMARGO (Interesse Comercial: NÃO)
- CAROLINE NASCIMENTO BARQUILHA (Interesse Comercial: NÃO)
- LUIZ HENRIQUE DE FREITAS FILHO (Interesse Comercial: NÃO)
- MARIANE APARECIDA RISSO (Interesse Comercial: NÃO)
- MATHEUS SCHWENGBER GASPARINI (Interesse Comercial: NÃO)
- HELGA CAPUTO NUNES HOLZHAUSEN (Interesse Comercial: NÃO)
- MARIA LAURA COSTA DO NASCIMENTO (Interesse Comercial: NÃO)
- MONICA ALVES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PADRONIZAÇAO DO TRANSPORTE DE MEMBRANA AMNIOTICA HUMANA PARA PROCESSAMENTO E APLICAÇOES CLINICAS OFTALMOLOGICAS.
Objetivo
As doenças da superfície ocular (DSO) representam uma das principais causas de busca por atendimento oftalmológico. A membrana amniótica (MA) é amplamente utilizada na reconstrução da superfície ocular devido às suas propriedades terapêuticas. Todavia, seu transporte e armazenamento adequados são essenciais para manter sua eficácia clínica. O presente estudo visa validar um protocolo seguro para o transporte da MA, garantindo a integridade do tecido e sua viabilidade para uso clínico em DSO no Brasil.
Método
A MA foi obtida no Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (CAISM-UNICAMP) a partir de placentas doadas por gestantes submetidas a cesariana, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A placenta passou por triagem infecciosa e quarentena antes da liberação para processamento. O transporte da MA até o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), local de seu processamento, foi realizado em caixa térmica, seguindo critérios de temperatura (entre 2°C e 8°C) e esterilidade. Foram conduzidos 12 testes de transporte sem amostra biológica para validação das condições de acondicionamento, incluindo a distribuição de gelox e a estabilização térmica da caixa.
Resultado
A validação do transporte da MA resultou na padronização de um Procedimento Operacional Padrão (POP) e de uma Lista de Verificação para assegurar a estabilidade térmica e a rastreabilidade do processo. Os testes identificaram que a configuração ideal para manter a temperatura entre 2°C e 8°C inclui o uso de dois gelox de 1L (um na base e outro na parede posterior da caixa) e dois gelox de 500mL (nas laterais). Três testes foram considerados válidos, garantindo a replicabilidade do protocolo.
Conclusão
O estudo contribuiu para a sistematização do transporte da MA, permitindo sua aplicação clínica de forma segura. A padronização do acondicionamento e controle térmico viabiliza o uso da MA em estudos clínicos e amplia suas possibilidades terapêuticas no tratamento das DSO no Brasil.