Código
RC226
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Nossa Senhora da Conceição
Autores
- PAULA CHIAMENTI (Interesse Comercial: NÃO)
- ARTHUR MAGALHÃES VALVERDE (Interesse Comercial: NÃO)
- ABNER VIEIRA RODRIGUES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RELATO DE CASO: METASTASE OCULAR POR ADENOCARCINOMA DE RETOSSIGMOIDE COM DESCOLAMENTO DE RETINA SEROSO ASSOCIADO
Objetivo
Metástases oculares são os tumores malignos mais comuns do olho. Os sítios primários mais comuns em mulheres são mama (90%) e em homens pulmão (10%). As metástases oculares são geralmente unilaterais (75%) e, na maior parte das vezes, as lesões são mal-definidas, amelanóticas e pouco elevadas. Neste contexto, lesões metastáticas por adenocarcinoma de retossigmoide são raramente relatadas. Portanto, o objetivo deste trabalho é relatar um caso infrequente de metástase ocular coroidal, em paciente com adenocarcinoma de retossigmoide, observado em serviço de oftalmologia de hospital público de porto alegre.
Relato do Caso
Paciente feminina, 59 anos, com diagnóstico prévio de adenocarcinoma moderadamente diferenciado de retossigmoide, estadiamento clínico IV, com metástases hepáticas e em linfonodos retroperitoneais, além de nódulos pulmonares suspeitos. Paciente foi encaminhada para avaliação oftalmológica durante internação hospitalar, em fevereiro/2024, devido à baixa de acuidade visual súbita de olho direito, associada à cefaleia hemicraniana direita. Ao exame oftalmológico, apresentava acuidade visual movimento de mãos em olho direito e 20/20 em olho esquerdo. Em fundoscopia, visualizou-se descolamento de retina seroso com mácula off em polo posterior. Além disso, foi realizado ultrassom ocular, no qual aferimos as seguintes medidas da lesão: base ântero-posterior 13.48mm, espessura 4.54mm e largura 10.45mm. Paciente recebeu alta hospitalar, em uso de capecitabina, e irá retornar em abril/2024 para acompanhamento da lesão.
Conclusão
Portanto, observamos que metástases oculares de adenocarcinoma de retossigmoide são bastante infrequentes e estão associadas a estágios avançados da doença. na maior parte dos casos, os pacientes também apresentavam metástases hepáticas e pulmonares. nesse contexto, as principais opções de tratamento incluem radioterapia e quimioterapia e, em casos muito específicos, pode ser necessária a enucleação. em nosso caso, a paciente não apresenta indicação de enucleação, devido ao estágio avançado da doença.