Código
RC057
Área Técnica
Epidemiologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Faculdade de Medicina da Fundação Universidade do ABC
Autores
- DANIEL SE DE CAIRES FREITAS (Interesse Comercial: NÃO)
- Antonio Helder C. Vasconcelos (Interesse Comercial: NÃO)
- Gabriel Machado Moron de Andrade (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MIIASE OCULAR EM CRIANÇA: RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever um caso de oftalmomiíase em paciente pediátrico,enfatizando a importância do tratamento oftalmológico e do manejo de fatores socieconômicos da doença.
Relato do Caso
Paciente masculino 11 anos encaminhado ao PS devido à hiperemia ocular em olho direito (OD) associada à saída de secreção ocular fétida.A mãe do paciente relatou que o quadro havia iniciado há aproximadamente 14 dias.Ademais,referiu que observou presença de moscas “pousando” em olho direito. O paciente possui paralisia cerebral desde o nascimento sendo acamado.À ectoscopia observou-se edema bipalpebral à direita.À biomicroscopia do OD apresentava-se com hiperemia conjuntival 3+,reação folicular em conjuntivas tarsais e pseudomembrana,2 larvas em fundo de saco inferior,córnea com edema 1+. Olho esquerdo sem alterações.Retirou-se 9 larvas do ponto lacrimal inferior após instilação de lidocaína gel.Após o paciente foi internado e prescrito antibioticoterapia sistêmica e colírio associação.TC de crânio/órbitas,demonstrando apenas inflamação pré-septal à direita.Oconselho tutelar foi acionado
Conclusão
A oftalmomiíase externa é um acometimento raro porém debilitante,causada por infestação de moscas dipteras em estágios larvais.A maioria dos casos ocorrem em pacientes provenientes de áreas rurais,de baixo nível socioeconômico e em condições precárias de higiene,o que enfatiza o papel crítico dos determinantes sociais da saúde na experiência da doença.É um quadro que pode repercutir em grandes sintomas para os pacientes tais como irritação ocular moderada/intensa,dacriocistite aguda com algia intensa,e restrição de motilidade ocular,se acometimento orbitário.Sua profilaxia está relacionada com medidas de higiene ambientais e pessoais,e o tratamento do quadro agudo inclui retirada química/mecânica das larvas,bem como uso de antiparasitários e antibioticoterapia profilática tópica e/ou sistêmica.Por último,faz-se necessário a integração do tratamento médico com intervenções socioeconômicas que possam mitigar o impacto da doença,particularmente em populações vulneráveis.