Sessão de Relato de Caso


Código

RC049

Área Técnica

Doenças Sistêmicas

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Autores

  • THAIS REGIS RIOS DOS SANTOS (Interesse Comercial: NÃO)
  • LUANA NERY MATOS (Interesse Comercial: NÃO)
  • DANIEL D CARLOS GONÇALVES (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ESCLERITE NODULAR SECUNDARIO A ESPOROTRICOSE: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de Esclerite Nodular em paciente com Esporotricose.

Relato do Caso

Paciente, 61 anos, sexo feminino, portadora de Esporotricose, encaminhada por médico infectologista para avaliação oftalmológica. Em acompanhamento prévio foi observado inicialmente lesões pápulo-nodulares com distribuição linfática que evoluíram para lesões crostosas em membro superior esquerdo (figura 1). Em consulta oftalmológica queixava-se de hiperemia, dor e nódulo em olho esquerdo há 3 meses. Ao exame oftalmológico: acuidade visual em midríase 0,5 em olho direito e 0,4 em olho esquerdo. Em biomicroscopia anterior em olho direito não foram observadas alterações. Em olho esquerdo observou-se nódulo em região temporal superior associado a região de afinamento com visualização de tecido uveal por transparência (figura 2 acima). Foi observado melhora da hiperemia difusa após instalação de fenilefrina, porém manteve hiperemia nodular em região temporal superior. Pressão intraocular 15 mmHg em ambos os olhos. Biomicroscopia posterior em ambos os olhos com achado de rarefação discreta de epitélio pigmentado da retina, escavação 0,5, bordas regulares, mácula íntegra e retina aplicada. Foi iniciado tratamento sistêmico para esporotricose com anfotericina B e itraconazol com melhora significativa das alterações oftalmológicas (figura 2 abaixo).​ O quadro clínico e as alterações oftalmológicas encontradas são compatíveis com Esclerite por Esporotricose.​

Conclusão

A esporotricose é uma infecção causada pelo fungo do gênero Sporothrix, associada à inoculação traumática por material vegetal ou solo contaminado. A forma clínica mais comum é a linfocutânea, que pode estar relacionada a manifestações oculares, divididas em intraoculares (uveíte, coroidite, granuloma retiniano, endoftalmite) e externas (conjuntivite, esclerite, episclerite, úlcera de córnea, dacriocistite, granulomas palpebrais). A maioria dos casos relatados de lesões oculares da esporotricose envolve a conjuntiva e os tecidos periorbitais. O acometimento da esclera superficial e profunda é pouco frequente.

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