Sessão de Relato de Caso


Código

RC283

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Faculdade de Medicina da Fundação Universidade do ABC

Autores

  • GABRIEL AGUIAR DOS SANTOS (Interesse Comercial: NÃO)
  • GUSTAVO BERTOLLINI LAMY (Interesse Comercial: NÃO)
  • KEVIN JONES BIANCHET (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PSEUDORETINOSE PIGMENTAR POR SIFILIS

Objetivo

Relatar caso de Pseudoretinose pigmentar unilateral, causado por infecção sifilítica, do ambulatório de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC.

Relato do Caso

41 anos, masculino, com história de Acidente Vascular Encefálico há 12 anos, levando-o nesta ocasião ao diagnóstico de HIV e neurossífilis. Em seguida, referiu baixa de visão em olho direito (OD) e estrabismo divergente em OD. Ao exame oftalmológico, acuidade visual com correção de 20/30 em OD e 20/20 em OE. Na estoscopia, exotropia de 45 dioptrias prismáticas em OD. À biomicroscopia sem alterações em ambos os olhos (AO). A pressão intraocular era de 12 mmHg AO. Fundoscopia: OD demonstrou meios claros, disco óptico pálido, vasos afinados, espículas ósseas difusas poupando mácula, retina aplicada; OE sem alterações. Foi realizada Retinografia (imagem 1). Na Tomografia de Coerência Óptica (OCT) macular, sem alterações (imagem 2). Negou história familiar de Retinose Pigmentar (RP), ou de baixa de visão.

Conclusão

RP é a degeneração dos fotorreceptores retinianos, principalmente bastonetes, com evolução para atrofia difusa da retina. Clinicamente apresenta nictalopia, perda de visão periférica, baixa de visão/cegueira. Na fundoscopia, a tríade: pigmentação em aglomerados denominados espículas ósseas, palidez de disco e atenuação arteriolar. Tem caráter hereditário e bilateral. Embora menos comuns, há relatos de casos de RP unilateral. Estes têm carga genética igualmente importante, diagnosticados na exclusão de outras causas - como infecções por sífilis, toxoplasmose e citomegalovirose. Estas podem causar dispersão no epitélio pigmentar da retina (EPR), cursando com espículas ósseas. Esse quadro é denominado Pseudoretinose Pigmentar, hipótese diagnóstica do caso relatado. É tipicamente unilateral, sem história familiar, melhor prognóstico visual comparado a RP e OCT normal. Além disso, o eletrorretinograma está normal, em contraponto a RP. Diante disso, é importante o diagnóstico diferencial para tratamento infeccioso específicio e seguimento clínico-laboratorial.

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