Sessão de Relato de Caso


Código

RC032

Área Técnica

Córnea

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Oftalmológico de Brasília

Autores

  • MARIA LUIZA NOIA MAIA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Patrick Frensel Tzelikis (Interesse Comercial: NÃO)
  • Raquel Araújo Lucas Novacki (Interesse Comercial: NÃO)

Título

LACERAÇAO CORNEANA POR MORDIDA DE GATO: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso raro de laceração corneana causada por mordida de gato, destacando desafios diagnósticos e terapêuticos. Mordidas de animais em estruturas oculares são pouco documentadas, tornando este relato relevante para ampliar o conhecimento sobre conduta e prognóstico.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 21 anos, sem comorbidades prévias, deu entrada no pronto-socorro (PS) oftalmológico relatando ter sido mordida acidentalmente por seu gato doméstico no olho esquerdo (OE) há 12h. Referia dor intensa, piora da acuidade visual e sensação de corpo estranho. Ao exame apresentava acuidade visual sem correção (AVSC) de 0.40 logMAR em OE, edema palpebral, hiperemia conjuntival e laceração corneana perilimbar, irregular e vertical de 4mm, edema local acentuado, Siedel negativo. Foram prescritos moxifloxacino uma gota por hora, prednisolona quatro vezes ao dia, colírio lubrificante sem conservante uma gota por hora e doxiciclina 100mg duas vezes ao dia. Encaminhada ao ambulatório de córnea e colocada lente de contato terapêutica. Após dois dias, apresentou piora: AVSC de movimento de mãos em OE, hipópio discreto, intensa reação inflamatória em câmara anterior (CA) e membrana pupilar (Imagem 1). A laceração e o edema corneano mantiveram-se estáveis. Optou-se por modificar os colírios de moxifloxacino e prednisolona para uma gota a cada duas horas, adicionar atropina duas vezes ao dia e manter as demais medicações. Acompanhada por um mês, apresentou melhora e redução progressiva das medicações. Na última consulta, AVSC de OE era 0.10 logMAR, chegando a 0.00 logMAR com correção. Ao exame, conjuntiva calma, opacidade perilimbar inferior de 4mm e discreta reação inflamatória em CA (Imagem 2).

Conclusão

A laceração corneana por mordida de gato é rara e pode ter complicações graves, exigindo diagnóstico e intervenção imediatos para reduzir riscos de infecção e perda visual. Este relato contribui à literatura ao reforçar a necessidade de protocolos específicos para traumas oculares por mordeduras e a importância da vigilância clínica e tratamento precoce.

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