Sessão de Relato de Caso


Código

RC111

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Centro Universitário João Pessoa
  • Secundaria: Hospital Visão

Autores

  • CAROLINA WANDERLEY QUEIROGA DE FREITAS EVANGELISTA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Marielle de Medeiros Rodrigues Guedes (Interesse Comercial: NÃO)
  • Mateus Mateus Brito Tavares (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEUROPATIA OPTICA POR ETAMBUTOL E A IMPORTANCIA DE UM PROTOCOLO DE RASTREIO: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de paciente com neuropatia óptica por etambutol destacando a importância de um protocolo de rastreio.

Relato do Caso

Paciente feminina, 65 anos, com antecedentes de câncer de mama, diagnosticada com infecção pulmonar por Mycobacterium Kansasii, vinha sendo tratada com rifampicina (600 mg/dia), isoniazida (300 mg/dia) e etambutol (1200 mg/dia) quando, após 2 meses do início do tratamento, começou a apresentar sintomas visuais. Dois meses depois, ainda em tratamento, como tinha indicação prévia de cirurgia de catarata, procurou o oftalmologista que a assistia para realizar o procedimento. Cirurgia sem intercorrências, constatou-se, já no pós-operatório imediato, visão de 20/400 no olho operado (olho direito- OD), e de 20/200 no olho esquerdo (OE). Ao exame, observou-se redução bilateral dos reflexos fotomotores, pseudofacia em olho direito, e olho esquerdo, com catarata cortico-nuclear leve. A biomicroscopia de fundo evidenciou papila de OD com sinais de leve edema, com discreta hemorragia peripapilar, e papila de OE de aspecto normal. A tomografia de coerência óptica (OCT) mostrou mácula de ambos os olhos sem alterações e aumento da espessura da camada de fibras nervosas peripapilar de ambos os olhos, notadamente, do direito. A campimetria revelou escotoma cecocentral absoluto para o olho direito e perda global da sensibilidade para o olho esquerdo, poupando pequenos setores do campo inferior. Diante da hipótese diagnóstica de neuropatia óptica por etambutol, o tratamento com o medicamento foi suspenso, foi prescrita piridoxina para a paciente e esta passou a ser avaliada mensalmente. Atualmente, após 3 meses, começou a apresentar melhora significativa da visão, com evolução para 20/80 em ambos os olhos e melhora parcial do campo visual.

Conclusão

A neuropatia óptica por etambutol é uma complicação grave, mas potencialmente reversível. O caso reforça a importância de protocolos de rastreio oftalmológico para detecção precoce, permitindo ajustes terapêuticos que minimizem o impacto visual ao paciente.

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