Código
P002
Área Técnica
Banco de Olhos
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Unima/Afya
- Secundaria: Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Autores
- ARTHUR AZEVEDO FERREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- Raphael Teixeira Costa (Interesse Comercial: NÃO)
- Raquel Fernandes Vanderlei Vasco (Interesse Comercial: NÃO)
- Karyne Cardoso De Andrade Pinto (Interesse Comercial: NÃO)
- Rayssa Lopes Da Rocha Lins (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS CANDIDATOS AO TRANSPLANTE DE CORNEA NO ESTADO DE ALAGOAS
Objetivo
Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes na fila de espera para transplante de córnea em Alagoas.
Método
Estudo transversal, observacional, retrospectivo e descritivo-analítico, com base na análise dos dados da Central Estadual de Transplantes. Foram analisadas as características sociais, epidemiológicas e as principais indicações de transplante de córnea dos pacientes em lista de espera em novembro/2024. Este estudo foi aprovado pelo CEP com CAAE: 82198824.9.0000.5641.
Resultado
Foram incluídos 479 pacientes ativos em lista, a mediana de idade foi de 61 (IQR 32-73) anos com predomínio de idosos (43,6%) e adultos jovens (22,1%). A maioria foi do sexo feminino (62,8%) e de etnia parda (64,1%) e residiam na capital Maceió (54,3%). O tempo de espera na fila obteve mediana de 369 (IQR 151-618) dias. A patologia mais prevalente foi o ceratocone (30,9%), mais comum em homens (52%), com maior prevalência na faixa etária de 18-34 anos (60,1%), seguida pela distrofia de Fuchs (22,1%), atingindo 84% das mulheres e 54,7% dos pacientes idosos. A terceira mais prevalente foi a ceratopatia bolhosa (18,5%), predominou em mulheres (68,5%) e idosos (85,4%). Dentre os cadastros ativos, 4 foram listados como prioridade, sendo dois deles devido à olho perfurado, um por falência primária de enxerto e um por úlcera de córnea sem resposta ao tratamento.
Conclusão
O perfil dos pacientes na fila de transplante de córnea em Alagoas destaca a prevalência de ceratocone como principal diagnóstico, um tempo de espera de cerca de 1 ano por transplante e o predomínio de pacientes idosos acometidos. Esses dados são essenciais para aprimorar a gestão do transplante de córnea no estado e a conscientização sobre a doação de órgãos.