Código
RC176
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná - HC-UFPR
Autores
- ANA BARBARA DIAS LOPES URZEDO (Interesse Comercial: NÃO)
- Mariana Miyazaki Solano Vale (Interesse Comercial: NÃO)
- KENZO HOKAZONO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CORIORRETINOPATIA HEMORRAGICA EXSUDATIVA PERIFERICA TRATADA COM VITRECTOMIA VIA PARS PLANA: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar um caso de Coriorretinopatia Hemorrágica Exsudativa Periférica (PEHCR) tratada com vitrectomia via pars plana devido à exsudação intensa e risco de extensão macular.
Relato do Caso
Um homem de 84 anos, hipertenso, apresentou diminuição da acuidade visual bilateral progressiva nos últimos 3 anos. Ao exame, a acuidade visual com correção (AVCC) era de 0,3 em ambos os olhos. A biomicroscopia revelou catarata nuclear 3+ bilateralmente. A fundoscopia do olho direito (OD) mostrou uma hemorragia sub-epitélio pigmentar da retina (EPR) na arcada vascular temporal superior com exsudação intensa (Figura A); e no olho esquerdo (OE) foi observada uma lesão semelhante na periferia temporal superior, sem exsudação (Figura B). A angiografia com fluoresceína (AF), tomografia de coerência óptica (OCT) e ultrassonografia B-scan foram realizadas para excluir melanoma da coroide, e o diagnóstico de PEHCR foi estabelecido. Devido à exsudação intensa e ao risco de extensão macular, optou-se por realizar facoemulsificação associada a vitrectomia via pars plana e endolaser no OD. Após um mês, a AVCC no OD foi de 0,5 e o OE permaneceu estável.
Conclusão
A Coriorretinopatia Hemorrágica Exsudativa Periférica (PEHCR) é uma doença subdiagnosticada que compartilha características comuns com a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e com a vasculopatia polipoidal da coroide.¹ Embora frequentemente assintomática, a fundoscopia pode revelar lesões pigmentadas elevadas unilaterais ou bilaterais na retina periférica, associadas a hemorragias sub-retinianas ou sub-EPR, fluido e exsudação. Diante desses achados, a PEHCR pode ser frequentemente confundida com melanoma da coroide, sendo considerado o segundo diagnóstico mais comum de “pseudomelanoma”.²,³ O diagnóstico pode ser desafiador e inclui angiografia com fluoresceína (AF), angiografia com indocianina verde, ultrassonografia e OCT B-scan.¹