Código
RC121
Área Técnica
Oculoplástica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação Altino Ventura (FAV)
Autores
- MARCELLA BELMONT DA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
- NOELLE BREDA TEIXEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- THALLES WILSON SOUZA DOMINGOS (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CORREÇAO CIRURGICA DA SINDROME DE BLEFAROFIMOSE-PTOSE-EPICANTO INVERSO COM A TECNICA HORNBLASS C-U PLASTY
Objetivo
Descrever a correção cirúrgica da Síndrome de Blefarofimose-Ptose-Epicanto Inverso por meio da técnica de Hornblass C-U plasty, associada ao Frontalis Transfer, ressaltando a eficácia da abordagem em dois tempos.
Relato do Caso
Paciente do sexo masculino, 15 anos, atendido no departamento de plástica ocular com queixa de ptose palpebral e maior distanciamento entre os olhos desde o nascimento. O paciente relatou histórico familiar de condições semelhantes, com o pai e tios apresentando as mesmas alterações. Ao exame físico, apresentava estreitamento de fenda palpebral (blefarofimose), epicanto inverso e ptose significativa da pálpebra superior em ambos os olhos (AO), além de telecanto, caracterizado pela distância interpupilar aumentada devido à alteração na posição das pálpebras. Durante a propedêutica, observou-se a Distância Margem Reflexo 1 de 3 mm no olho direito e 0 mm no olho esquerdo. Diante disso, foi indicado tratamento cirúrgico com cantoplastia medial, optando-se por realizar a técnica de Hornblass C-U plasty, que envolve a sutura do tendão medial ao periósteo da crista lacrimal anterior. Objetiva-se, nessa técnica, uma correção total calculada pela distância intercantal pré-operatório menos a metade do distância interpupilar. Esse resultado é dividido em dois, e distribuído para correção de cada lado. No caso em questão, foi possível corrigir o epicanto inverso e suavizar o telecanto. Em um segundo momento, após o trigésimo dia pós operatório, foi realizado o aprimoramento de correção da ptose palpebral pela técnica de Frontallis Transfer.
Conclusão
A técnica de Hornblass C-U plasty se mostrou eficaz na correção das deformidades mediais da Síndrome de Blefarofimose-Ptose-Epicanto Inverso, proporcionando uma melhoria tanto estética quanto funcional. A referida técnica traz ainda como vantagem uma menor complexidade de execução quando comparada a outras opções técnicas de correção do epicanto inverso e telecanto. Além disso, quando associação a Técnica Frontalis, resultou em boa elevação palpebral e aspecto estético harmônico.