Sessão de Relato de Caso


Código

RC030

Área Técnica

Córnea

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: HC UFMG

Autores

  • ELISA MAIA ALKMIM (Interesse Comercial: NÃO)
  • JOÃO MARCOS NICOLI ARRUDA (Interesse Comercial: NÃO)
  • BRUNO CABALEIRO CORTIZO FREIRE (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ENVOLVIMENTO OCULAR BILATERAL NA EPIDERMOLISE BOLHOSA ADQUIRIDA

Objetivo

Descrever um caso de envolvimento ocular bilateral no contexto de um paciente que possui epidermólise bolhosa adquirida.

Relato do Caso

Paciente, masculino, 77 anos, portador de epidermólise bolhosa adquirida do tipo penfigoide-like, diagnosticado pela dermatologia em 2018, com surgimento espontâneo de bolhas por todo o corpo, incluindo mucosa oral e genital. Em acompanhamento com a oftalmologia, foi observado blefarite e meibomite graves, associadas a episódios repetidos de distiquíase, além de ceratite intensa em ambos os olhos. Em 2021, o paciente foi submetido a facoemulsificação com implante de lente intraocular em ambos os olhos, evoluindo, no olho direito, com endoftalmite após o procedimento, sendo necessário realizar um transplante de córnea de urgência. Entretanto, em 2023, houve perfuração do olho direito, o que levou à evisceração do olho. Neste momento, a dermatologia optou por acrescentar ao tratamento oral prednisona, dapsona e ciclofosfamida. Ao exame do olho esquerdo, ainda se observavam manifestações de meibomite, ceratite e presença eventual de triquíase, além do desenvolvimento de simbléfaro temporal. Em julho de 2024, o paciente evoluiu com perfuração corneana no olho esquerdo, apresentando, ao exame, acuidade visual de movimento de mãos. Foi realizado, então, procedimento com cola no primeiro momento e, posteriormente, em 2024, patch corneano. Atualmente, o paciente está em uso de colírios hipotensores, corticoides tópicos em redução e colírio de insulina. O paciente segue em acompanhamento. Sua acuidade visual do olho esquerdo evoluiu para contagem de dedos a 20 centímetros de sua face.

Conclusão

As manifestações oculares são potencialmente graves e incluem triquíase, conjuntivite cicatricial grave, fibrose conjuntival, lesões corneanas e, até, cegueira corneana, manifestações presentes inclusive no caso descrito acima. Dentre as opções de tratamento, destaca-se o uso de lente de contato terapêutica, antibióticos tópicos e sistêmicos, corticosteroides orais e intravenosos e imunossupressores, todos esses utilizados no caso descrito.

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