Título

FISTULA CAROTIDO CAVERNOSA COM REPERCUSSAO OCULAR: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de Fístula Carótido Cavernosa associada a repercussões oculares para evidenciar a importância do diagnóstico precoce.

Relato do Caso

Mulher, 68 anos, compareceu ao Pronto Socorro de Oftalmologia do Hospital das Clínicas de Marília com queixa de hiperemia ocular, dor e baixa acuidade visual (BAV) em Olho Direito (OD) há 5 meses e relatou que no período passou por diversas consultas com oftalmologistas sendo prescrito inúmeros tratamentos para conjuntivite sem melhora do quadro. Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial e Diabetes Mellitus. Ausência de antecedentes oftalmológicos. Ao exame oftalmológico: Acuidade visual de entrada 0,1 em olho direito (OD) e 0,2 em olho esquerdo (OE), biomicroscopia com conjuntiva clara, porém com ingurgitamento importante de vasos episclerais. Tonometria: 28 OD e 12 OE. Na fundoscopia, apresentava disco óptico com escavação fisiológica em ambos os olhos (AO). À gonioscopia apresentou ângulo aberto 360° e campo visual característico de opacidade de meios. Foi solicitado ultrassonografia ocular de OD que não evidenciou alterações agudas e Angiorressonância Magnética de Órbitas que apresentou dilatação de veia oftálmica superior e musculatura extrínseca à direita, com leve abaulamento do seio cavernoso do mesmo lado. Diante disso, foi aventado a hipótese diagnostica de fístula carótido cavernosa de baixo débito e foram prescritos colírios antiglaucomatosos para controle da Pressão Intraocular (PIO) e solicitado vaga via CROSS para neurointervenção. A paciente evoluiu com controle da PIO em OD porém apresentou redução da acuidade visual para conta dedos há 1 metro associado a redução da abdução em OD. Paciente foi aceita pelo Hospital de Base de Rio Preto para procedimento neurointervencionista.

Conclusão

O caso destaca a importância do diagnóstico precoce da fístula carótido-cavernosa, especialmente em pacientes com hipertensão ocular e sintomas oculares progressivos. A angiorressonância confirma a suspeita, permitindo o tratamento precoce, essencial para evitar complicações permanentes.