Sessão de Relato de Caso


Código

RC098

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto Suel Abujamra

Autores

  • ANTONIO CARLOS GALLO DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
  • ERÁSIO DE GRÁCIA NETO (Interesse Comercial: NÃO)
  • EVER ERNESTO CASO RODRIGUEZ (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ALERTA PARA O RASTREAMENTO DE NEURITE OPTICA POR ETAMBUTOL: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de cegueira irreversível devido neuropatia óptica por etambutol (NOE) em paciente sem antecedentes oftalmológicos, destacando a importância do rastreamento, diagnóstico precoce e da suspensão do medicamento.

Relato do Caso

Masculino, 41 anos, mecânico, em tratamento por suspeita de tuberculose, avaliado por redução de acuidade visual progressiva há 3 meses. Nega antecedentes oftalmológicos, traumas e uso de colírios. Em uso de Rifampicina, Isoniazida, Pirimetamina e Etambutol (RIPE) há 3 meses. AVSC: conta dedos 30 cm e conta dedos 1m. Biomicroscopia AO: sem alterações. PIO: 17 e 16 mmHg. Fundoscopia AO: disco óptico pálido +4/+4 . Solicitado OCT de disco: perda de fibras superior e inferior AO; Campo visual 10:2: com escotoma total (OD) e escotoma inferior (OE); RNM de crânio: nervos ópticos com calibre afilado e alteração de sinal intracanalicular compatível com neuropatia crônica; Líquor: sem alterações; Vitamina B12: 354pg/mL. Iniciado brimonidina AO de 12/12 horas e suplementação vitamínica para interromper a evolução da neuropatia. Com a confirmação da ausência de tuberculose após 4 meses, a equipe clínica interrompeu o esquema RIPE. Por exclusão, o paciente foi diagnosticado com neuropatia óptica por etambutol e segue em acompanhamento oftalmológico trimestral. Até o momento, não há progressão da doença e paciente mantém sem melhora da acuidade.

Conclusão

A NOE pode levar à cegueira irreversível, exigindo monitorização oftalmológica rigorosa. Relatos de pacientes que desenvolvem lesões avançadas no nervo óptico após apenas 3 meses de uso – mesmo sem histórico ocular – evidenciam falhas no rastreamento e encaminhamento precoce para um serviço especializado. Embora a suspensão imediata do fármaco possa reverter os sintomas em casos iniciais, danos tardios são frequentemente irreversíveis. Portanto, o acompanhamento regular desde o início do tratamento, mesmo em pacientes assintomáticos, é a melhor estratégia preventiva. A identificação precoce de toxicidade e a suspensão imediata da droga são decisivas para preservar a visão.

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