Título

PERFIL DAS INTERNAÇOES POR DESCOLAMENTO DE RETINA NO PARANA ENTRE JANEIRO 2019 E JANEIRO 2025

Objetivo

Analisar o perfil das internações hospitalares por descolamento de retina no estado do Paraná, no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2025, com base nos dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS).

Método

Estudo observacional, retrospectivo e descritivo, na qual foram feitos o estudo de dados públicos extraídos do DATASUS. Adotaram-se como registros de internação aqueles com diagnóstico principal relacionado a descolamentos e defeitos da retina (CID-10 H33.0 a H33.9), filtrando-se os casos ocorridos no estado do Paraná neste período definido. Avaliou-se como variáveis o número total de internações, sexo, faixa etária, município de internação e valor médio por internação.

Resultado

Durante o período analisado, foi registrado um total de 20.252 internações, das quais 53,1% (10.748) foram de pacientes do sexo masculino e 46,9% (9.504) do feminino. Essa superioridade no número de pacientes homens internados pode sugerir uma correlação com a maior exposição dessa população a fatores de risco, como traumas oculares, esforço físico intenso ou miopia degenerativa. Quando analisado o total de internações por faixa etária, as idades de 60 a 69 anos demonstraram um maior número de casos (6.904 internações), coincidindo com o aumento natural na incidência de alterações vítreo-retinianas e na quantidade de cirurgias de catarata, fatores que podem gerar descolamentos secundários. Os municípios com as maiores concentrações de casos foram Curitiba (8.261), Cascavel (3.237) e Londrina (2.285), os quais são centros terciários com grande estrutura oftalmológica, evidenciando o papel da referência regional. Já o valor médio despendido por cada município nesse período foi de R$3.882,26.

Conclusão

O descolamento de retina representa uma condição de impacto relevante no SUS, com maior prevalência em adultos de meia-idade e discreto predomínio masculino. Os dados corroboram a importância da triagem precoce e da regionalização da assistência, possibilitando o acesso oportuno à cirurgia retiniana em centros especializados.