Código
RC258
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade de Caxias do Sul
Autores
- MARIA EDUARDA CHIES GALARZA (Interesse Comercial: NÃO)
- MAURO CHIES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RELATO DE CASO: UMA NOVA ABORDAGEM DIAGNOSTICA EM UM CASO RARO DE TRITANOPIA
Objetivo
Este relato de caso tem como objetivo evidenciar a importância de novos meios de diagnóstico para distúrbios de visão de cores, em especial distúrbios menos prevalentes, como a tritanopia, tendo em vista as limitações técnicas e de acesso dos testes já existentes.
Relato do Caso
Paciente feminina, 16 anos, estudante. Relatou dificuldade em enxergar a cor verde no quadro durante a aula. Foi realizado o teste de Ishihara (edição 1975, com 24 placas), que indicou uma discromatopsia sem determinar o tipo específico. Em seguida, foi aplicado o teste online de daltonismo da EnChroma, que analisou as respostas da paciente e identificou a ausência de cones S, sugerindo um padrão compatível com uma discromatopsia rara, a tritanopia.
Conclusão
O resultado específico obtido no segundo teste reforça a importância de exames complementares para confirmação diagnóstica da tritanopia. O teste de Ishihara é amplamente utilizado para detectar o daltonismo, mas possui limitações, pois não determina o tipo específico nem a gravidade da condição. Em casos de suspeita de tritanopia, testes adicionais são necessários, como o Farnsworth D-15 ou o Anomaloscope de Nagel, já que o Ishihara é mais eficaz na identificação de defeitos no eixo vermelho-verde, e a tritanopia afeta o espectro azul-amarelo. Este trabalho propõe a utilização de softwares como ferramenta auxiliar na detecção e classificação do daltonismo, oferecendo uma alternativa mais prática, acessível e precisa. Isso é particularmente relevante no caso da tritanopia, cujos diagnósticos podem ser subestimados e não identificados devido ao difícil acesso aos testes complementares. Entretanto, para que esses testes digitais sejam amplamente aplicados na prática clínica, é essencial que estudos comparativos sejam realizados para avaliar sua eficácia em relação aos métodos tradicionais. Cabe ao médico avaliar a confiabilidade dessas ferramentas, ressaltando a importância da constante atualização e aprimoramento do conhecimento.