Sessão de Relato de Caso


Código

RC053

Área Técnica

Doenças Sistêmicas

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba

Autores

  • MIGUEL GONZALES COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Adriano Liebl (Interesse Comercial: NÃO)
  • Bruno Liebl (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PARALISIA INCOMPLETA DO III PAR CRANIANO SECUNDARIA A NEUROSSIFILIS : UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar o caso de um paciente com diagnóstico de neurossífilis que apresentou paralisia incompleta do nervo oculomotor (NC III), uma apresentação rara, mas significativa, podendo ser facilmente confundida com outras etiologias, como neuropatias diabéticas ou compressões tumorais, o que torna o diagnóstico um desafio clínico.

Relato do Caso

Paciente masculino, 65 anos, procurou serviço oftalmológico por ptose palpebral à esquerda e diplopia binocular súbita. De comorbidades, HAS e IAM prévio sem registros de ATC. Negava outras alterações sistêmicas. Apresentou ao exame diplopia binocular, sem demais queixas como dor ou fotopsia, com hipofunção de reto superior, medial (imagem 2) e inferior (imagem 1). Acuidade visual sem correção de 20/25 em olho direito (OD) e de 20/50 em olho esquerdo (OE). Biomicroscopia do OE: ptose palpebral (imagem 1), conjuntiva clara, câmara anterior ampla e formada, córnea clara e fluornegativa, pupila fotoreagente, catarata incipiente, sem reação de câmara. Mapeamento de retina em ambos os olhos sem particularidades. Exame neurológico sem demais alterações e RNM sem sinais de isquemia aguda ou sangramentos. Exames laboratoriais com VDRL 1:4 e quimioluminescência positiva. Diante de tais achados, levantou a hipótese de paralisia incompleta do NC III desencadeado por neurossífilis. Com isso, foi solicitado análise do líquor, que revelou uma hiperproteinorraquia discreta. Prescrito Penicilina Benzatina 2,4M UI, uma vez por semana, por 3 semanas e Doxiciclina 200 mg 12/12h por 28 dias, com regressão parcial dos sintomas.

Conclusão

Embora menos comum na prática clínica atual, a neurossífilis ainda representa uma preocupação significativa, especialmente em populações de risco. A identificação precoce dos sinais e sintomas, junto à realização de exames laboratoriais e de imagem adequados, é crucial para o manejo eficaz da condição. O tratamento com penicilina, que é o padrão-ouro para a sífilis, demonstrou ser eficaz na reversão dos sintomas neurológicos em muitos casos, incluindo a paralisia incompleta do NC III.

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