Código
P007
Área Técnica
Catarata
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: H Olhos Prime
Autores
- RAYANA TURRA DAMO (Interesse Comercial: NÃO)
- MARCOS SOLANO VALE (Interesse Comercial: NÃO)
- CASSIO TOKUJI TSUJIGUCHI (Interesse Comercial: NÃO)
- LÍCIA DEON WEIRICH (Interesse Comercial: NÃO)
- CLODOMIR SALGUEIRO CORDEIRO DE CARVALHO (Interesse Comercial: NÃO)
- CAMILA MARINELLI MARTINS (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PREVALENCIA DE CATARATA EM UM HOSPITAL OFTALMOLOGICO NO OESTE DO PARANA: PERFIL EPIDEMIOLOGICO E FATORES ASSOCIADOS
Objetivo
Caracterizar a prevalência, o perfil epidemiológico e fatores associados com a Catarata em pacientes atendidos em um hospital oftalmológico do Oeste do Paraná, entre 2018 e 2023.
Método
Trata-se de um estudo transversal, observacional, retrospectivo, realizado através de análise de prontuários (aprovação CEP 6.271.777), com análise de dados sociodemográficos, clínicos e hábitos de vida dos pacientes. Análise descritiva, teste de qui-quadrado e determinação do risco relativo (RR) foram utilizados na comparação estatística.
Resultado
A prevalência de catarata foi de 40,9% e o tipo mais comum foi a nuclear (29,8%). A patologia foi ligeiramente mais frequente em homens (42,21%; RR=1,05). A idade foi o principal fator de risco, com prevalência crescente: 3,85% até 20 anos, 54,71% entre 50-69 anos e 81,79% acima de 70 anos (RR=21,27; p<0,001). Comorbidades como diabetes mellitus (67,61%; RR=1,89), hipertensão (60,56%; RR=1,57) e artrite reumatoide (56,46%; RR=1,38) aumentaram o risco de catarata, assim como retinopatia diabética (81,61%; RR=2,00), descolamento de retina (67,11%; RR=1,85) e uveíte (63,15%; RR=1,55). O uso de prednisona (63,82%; RR=1,57), amiodarona (76,61%; RR=1,88) e alopurinol (65,07%; RR=1,59), além de tabagismo (61,11%; RR=1,61) e etilismo (64,78%; RR=1,65), também foram fatores associados. Procedimentos oculares, como vitrectomia posterior (82,99%; RR=2,10), tiveram forte relação com a doença.
Conclusão
A catarata é uma condição clínica prevalente. A idade avançada é o principal preditor para o seu desenvolvimento. Os achados ressaltam a necessidade de estratégias preventivas e de rastreamento precoce para reduzir o impacto da catarata na acuidade visual e na qualidade de vida da população.