Sessão de Relato de Caso


Código

RC277

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Olhos de Sorocaba

Autores

  • CAIQUE CHAGAS CAVUTO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Beatriz Gubert Deud (Interesse Comercial: NÃO)
  • Vivian Cristina Costa Afonso (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEURORRETINITE RELACIONADA A DENGUE: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Apresentar um caso de progressão favorável de neurorretinite aguda secundária à dengue.

Relato do Caso

Homem, 53 anos, com diminuição indolor da acuidade visual (AV) no olho esquerdo (OE) há duas semanas. Histórico positivo para dengue. Negava comorbidades sistêmicas ou oculares. Na admissão, apresentava visão de 20/20 no olho direito (OD) e 20/100 no OE. Sem alterações no segmento anterior. Na fundoscopia de OE apresentava disco óptico hiperemiado, com bordos mal delimitados, aumento da tortuosidade vascular peridiscal e espessamento macular. OD estava sem alterações. A investigação sistêmica revelou discreta plaquetopenia. Os testes laboratoriais e triagem infecciosa foram negativos, exceto por IgM e IgG positivos para dengue. A Tomografia de Coerência Óptica (OCT) do OE demonstrou edema macular cistoide. À angiografia com fluoresceína observou-se vazamento macular e papilar, com enchimento venoso precoce lentificado, correspondente a um impending venoso. Esses achados apontaram para neurorretinite relacionada à dengue associada a um componente vascular. O paciente foi tratado com Prednisona oral e três doses mensais de Aflibercept intravítreo. Após tratamento oral e intravítreo, observou-se melhora da AV no OE para 20/50 e o edema macular resolvido.

Conclusão

As maculopatias podem ocorrer em cerca de 10% dos casos, aproximadamente um mês após o início da doença. O acometimento neuroftalmológico, por sua vez, é descrito como raro. Na angiografia com fluoresceína, pode-se observar hiperfluorescência precoce na mácula, com vazamento em fases tardias. O tratamento com corticosteroides é indicado quando há comprometimento do disco e da mácula, especialmente quando há redução significativa da acuidade visual. Neste caso, o paciente foi tratado para o edema macular com o uso de antiangiogênicos devido às características vasculares associadas à condição. O desfecho visual e tomográfico favorável sugere um potencial componente vascular secundário associado ao fator inflamatório.

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