Código
P068
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR
Autores
- LUCAS LEAO SANTORO (Interesse Comercial: NÃO)
- ANA BARBARA URZEDO (Interesse Comercial: NÃO)
- KENZO HOKAZONO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AVALIAÇAO DAS COMPLICAÇOES POS-OPERATORIAS PRECOCES DA TECNICA DE YAMANE: SERIE DE CASOS
Objetivo
Reportar complicações pós-operatórias precoces de fixação escleral de lente intraocular (LIO) pela técnica de Yamane associada à vitrectomia via pars plana.
Método
Analisou-se prontuários eletrônicos de 25 pacientes submetidos à fixação escleral de LIO pela técnica de Yamane combinada à vitrectomia via pars plana, no período entre junho de 2022 a março de 2025, totalizando 26 olhos, todas no mesmo centro cirúrgico oftalmológico. As complicações pós-operatórias precoces descritas em prontuário eletrônico foram coletadas e analisadas.
Resultado
As complicações pós-operatórias precoces incluíram descentração de LIO, extrusão de háptico(s) da LIO, aumento transitório da pressão intra-ocular, atrofia de íris, edema macular, descolamento coroidal, hemorragia vítrea e descolamento de retina . Não foram descritas complicações no pós-operatório precoce em 11 dos 26 olhos. Nenhum caso de endoftalmite foi descrito. Todas as corectopias descritas ocorreram pré-yamane, em cirurgias de catarata.
Conclusão
A técnica de Yamane foi inicialmente introduzida em 1997 por Maggi e Maggi, sendo refinada por Yamane et al. em 2017, sendo considerada uma técnica de fixação escleral em que não há necessidade de suturas. Duas incisões anguladas paralelas ao limbo são feitas utilizando-se 2 agulhas de 30 gauge, os hápticos de uma LIO de 3 peças são externalizadas pela túnel escleral criado com as agulhas e são criados “flanges” através da cauterização das pontas dos hápticos. Os flanges dos hápticos são empurrados em direção ao túnel escleral e recobertos pela conjuntiva. Embora seja considerada uma técnica segura, várias complicações pós-operatórias foram descritas. Neste estudo, corrobora-se a gama de complicações pós-operatórias descritas, tendo prevalência para as relacionadas à posição da LIO e de seus hápticos. Apesar das complicações, o procedimento, quando realizado por profissional experiente, apresenta alto índice de sucesso, com baixa necessidade de reabordagem.