Sessão de Relato de Caso


Código

RC292

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Oftalmológico de Brasília

Autores

  • GLÊNDHA SANTOS PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARIA RITA RESENDE CHAVES (Interesse Comercial: NÃO)
  • VICTOR SAQUES NETO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

UVEITE ANTERIOR E EDEMA MACULAR CISTOIDE APOS TERAPIA COM BCG INTRAVESICAL: RELATO DE CASO CLINICO

Objetivo

O presente estudo tem como objetivo relatar um caso de uveíte anterior e edema macular cistoide em paciente com anticorpos e antígenos negativos, após terapia com BCG intravesical

Relato do Caso

Paciente masculino, 64 anos, atendido no pronto-socorro com queixa de dor e hiperemia em olho esquerdo (OE) há 01 dia, associada a sintomas articulares. Possui antecedentes patológicos de carcinoma urotelial em tratamento com BCG intravesical, com 7 aplicações anteriores. Ao exame do OE, acuidade visual 20/25, biomicroscopia evidenciando intensa reação inflamatória em câmara anterior, sem alterações na fundoscopia. Recebeu tratamento com corticoesteroides tópicos e midriáticos, com melhora da uveíte, mas houve piora da acuidade visual, quantificada em 20/50. A tomografia de coerência óptica (OCT) de mácula revelou edema macular cistoide em OE, o que levou a mudança do tratamento para implante intravítreo de dexametasona (Ozurdex). Após o tratamento, o paciente apresentou resolução completa do quadro. Em acompanhamento concomitante com reumatologista, a investigação sistêmica não revelou alterações compatíveis com o quadro clínico apresentado, com negatividade nos anticorpos e antígenos pesquisados. Assim, manteve-se a hipótese diagnóstica de uveíte anterior e edema macular secundários ao uso de BCG intravesical.

Conclusão

Reações de hipersensibilidade ao bacilo Calmette-Guerin (BCG) são amplamente reconhecidas na bibliografia médica. A literatura descreve que os quadros de uveíte frequentemente ocorrem em conjunto com sintomas articulares em pacientes HLA-B27 positivos, sugerindo uma associação. No entanto, a ocorrência de uveíte em pacientes HLA-B27 negativos é rara e carece de maior investigação. O diagnóstico é baseado no quadro clínico, laboratorial e no histórico de uso da medicação, com exclusão de outras possíveis causas. Desta forma, é essencial a descrição de casos semelhantes para aprimorar o entendimento dos efeitos adversos decorrentes do uso de BCG intravesical, de forma a contribuir para um manejo mais seguro e eficaz dos pacientes em tratamento.

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