Código
P080
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade de São Paulo
Autores
- MELISSA AMARAL CARNEIRO (Interesse Comercial: NÃO)
- Juliana Mika Kato (Interesse Comercial: NÃO)
- Eduardo Ferracioli-Oda (Interesse Comercial: NÃO)
- Tatiana Tanaka (Interesse Comercial: NÃO)
- Carlos Eduardo Hirata (Interesse Comercial: NÃO)
- Joyce Hisae Yamamoto (Interesse Comercial: NÃO)
Título
INVESTIGAÇAO LABORATORIAL NA VITRECTOMIA DIAGNOSTICA: UMA SERIE DE CASOS RETROSPECTIVA DE PACIENTES COM UVEITE
Objetivo
Avaliar o desempenho dos exames laboratoriais realizados em amostras de vítreo obtidas por vitrectomia diagnóstica via pars plana em pacientes com uveíte atendidos em um centro de referência terciário brasileiro.
Método
Estudo retrospectivo incluindo pacientes submetidos à vitrectomia com finalidade diagnóstica no período de 9 anos. As amostras de humor vítreo foram analisadas por microbiologia, PCR, citopatologia, citometria de fluxo e análise de interleucinas. Os diagnósticos finais foram estabelecidos com base na história clínica, evolução do quadro, resposta ao tratamento e análise do fluido intraocular.
Resultado
Dezoito pacientes foram incluídos durante o período de 9 anos do estudo. O tempo médio entre o início dos sintomas e a cirurgia foi de 7±10,7 meses. Entre os 11 pacientes com suspeita de malignidade, a vitrectomia diagnóstica estabeleceu o diagnóstico em 6 casos: 3 com base em citometria de fluxo e 3 com base na razão IL-10/IL-6. Um paciente necessitou de biópsia cerebral para confirmação de linfoma. Entre os 11 pacientes com uveíte, os diagnósticos finais foram: infecção por CMV (1), toxoplasmose (3), herpes (1), endoftalmite fúngica (3) e idiopática (3). Esses diagnósticos estão apresentados na Tabela 1.
Conclusão
O planejamento cuidadoso, de acordo com os exames laboratoriais disponíveis para análise do humor vítreo, é valioso para fornecer o diagnóstico definitivo em muitos casos, confirmando o agente etiológico da uveíte infecciosa e, mais importante ainda, apontando para uma síndrome mascarada por malignidade.