Código
RC052
Área Técnica
Doenças Sistêmicas
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade regional do noroeste do estado do rio grande do sul - Unijui
Autores
- FABIANE DA CUNHA CASTRO (Interesse Comercial: NÃO)
- Carolina Moraes Teixeira (Interesse Comercial: NÃO)
- Frederico Augusto Guitel (Interesse Comercial: NÃO)
Título
OLHO VERMELHO ASSOCIADO A SINDROME AUTO IMUNE INDUZIDA POR ADJUVANTE (ASIA)
Objetivo
O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de uma paciente com síndrome do olho vermelho há 6 anos, induzida por ASIA.
Relato do Caso
Paciente feminina, 34 anos, há 10 anos submetida a implantes de prótese mamária, iniciou há 6 anos síndrome do olho vermelho, caracterizada por períodos de remissão e atividade, em intervalos com cerca de 21 dias. História pregressa de acne rosácea sem uso de medicações. No início, após teste de fenilefrina expor atenuação da vascularização e teste de Schirmer resultar 0,01mm suspeitou-se de episclerite e síndrome do olho seco, sem melhora após tratamento com prednisolona 1%. Optou-se, então, por tratamento para acne e rosácea ocular, com doxiciclina durante 4 meses, com melhora apenas dos sintomas dermatológicos. Realizou-se extensa avaliação reumatológica, com todas as provas inflamatórias e marcadores reumatológicos, além de avaliação alérgica com especialista, todos negativos. Na permanência dos sintomas, considerou-se a doença idiopática e foi realizado tratamento com Colchicina, Metotrexato e Adalimumab, também sem melhora. Assim, iniciou acompanhamento em centro de referência, onde foi realizada tomografia de coerência óptica, descartando-se esclerite. Foi prescrito tacrolimus 0,02%, mais uma vez sem resultados. Ainda, suspeitou-se de tuberculose ocular. Após prova tuberculínica de 25mm e realização de tomografia computadorizada de tórax, que demonstrou cicatriz pulmonar, a paciente seguiu sem melhora pós tratamento. Em abril de 2023 foi realizada a medição do filme lacrimal, evidenciando olho seco e redução das glândulas de Meibomius em ambos os olhos. Atualmente, a hipótese diagnóstica prevalente é a de ASIA. Foi realizada a troca do implante de prótese mamária em 2023, devido à ruptura, assintomática, diagnosticada em exame de rotina. A paciente encontra-se atualmente em uso de hidroxicloroquina via oral, associada à ciclosporina e carmelose tópicas.
Conclusão
Portanto, após a investigação, o quadro foi relacionado à ASIA induzida pela prótese mamária.