Sessão de Relato de Caso


Código

RC234

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Estadual de Londrina

Autores

  • AMANDA SOUZA DO NASCIMENTO (Interesse Comercial: NÃO)
  • MATEUS MAGALHÃES CRIPPA (Interesse Comercial: NÃO)
  • ANTÔNIO MARCELO BARBANTE CASELLA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

OCLUSAO DE ARTERIA RETINIANA COMO MANIFESTAÇAO INICIAL DA DOENÇA DE SUSAC

Objetivo

Relatar um caso de oclusão de artéria retiniana em paciente jovem com diagnóstico de Doença de Susac, destacando sua apresentação oftalmológica inicial.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 17 anos, previamente hígida, com histórico de enxaqueca com aura e uso de anticoncepcional oral, apresentou baixa acuidade visual súbita no olho direito (OD) há um dia. O exame oftalmológico revelou acuidade visual de "conta dedos" a 1 metro no OD e 20/20 no olho esquerdo (OE), com pupilas isocóricas e fotorreativas, sem defeito pupilar aferente relativo (DPAR). O fundo de olho evidenciou palidez retiniana peripapilar inferior em OD, estendendo-se até a mácula temporal, formando o sinal clássico de "mácula em cereja". A análise multimodal da retina mostrou oclusão arterial segmentar, compatível com microangiopatia arteriolar (imagem 1). Na investigação neurológica, observou-se leve disfunção cognitiva (MoCA 25/30). A angiorressonância magnética de crânio e órbitas (imagem 2) demonstrou múltiplos focos de hipersinal em T2/FLAIR no corpo caloso, regiões periventriculares e subcorticais, achados típicos da Doença de Susac, sem alterações vasculares associadas. O Doppler das artérias carótidas e vertebrais apresentou resultado normal. O diagnóstico foi estabelecido com base na presença de dois dos três sinais da tríade clássica — encefalopatia e oclusão arterial retiniana —, na ausência de hipóteses diagnósticas mais prováveis. A perda auditiva neurossensorial ainda não se manifestava. O tratamento instituído incluiu pulsoterapia com metilprednisolona e administração de imunoglobulina intravenosa. A paciente passou a ser acompanhada de forma multidisciplinar, com neurologia e reumatologia, além de seguimento oftalmológico seriado.

Conclusão

A Doença de Susac é uma microangiopatia autoimune rara. O acometimento retiniano pode preceder sintomas neurológicos e auditivos. A tríade clássica é rara no diagnóstico inicial, dificultando o reconhecimento precoce. Exames oftalmológicos e complementares são essenciais para diagnóstico e tratamento oportunos.

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