Código
P028
Área Técnica
Epidemiologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação Altino Ventura (FAV)
Autores
- TAÍSE MARIA CLEMENTE DE ARAÚJO (Interesse Comercial: NÃO)
- JABNEEL TASSIANO DOS SANTOS NOGUEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- CARLOS EDUARDO XIMENES DA CUNHA (Interesse Comercial: NÃO)
- CARLOS HENRIQUE DE ALMEIDA CIPRIANO (Interesse Comercial: NÃO)
- CAMILA V VENTURA (Interesse Comercial: NÃO)
- MICHEL BITTENCOURT SANTOS (Interesse Comercial: NÃO)
Título
DISTURBIOS MUSCULOESQUELETICOS EM OFTALMOLOGISTAS E RESIDENTES EM OFTALMOLOGIA NO BRASIL
Objetivo
Evidenciar a prevalência e o perfil epidemiológico de distúrbios musculoesqueléticos em oftalmologistas e residentes em oftalmologia no Brasil.
Método
Estudo transversal, observacional, descritivo e analítico, com amostra composta por oftalmologistas e residentes em oftalmologia (com pelo menos 1 ano de experiência) brasileiros, recrutados por meio de divulgação em mídias sociais e pelo método de amostragem em bola de neve. Cada participante preencheu um formulário anônimo no Google Forms TM , uma única vez. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Altino Ventura (6.631.825).
Resultado
Dos 233 participantes, 64,8% eram do sexo masculino (n = 151) e 35,2%(n = 82) do sexo feminino. A maioria residia no Nordeste (49.3%, n = 115) e no Sudeste (38,2%, n = 89) do Brasil. Dos participantes, 82% eram oftalmologistas (n = 191) e 18% eram residentes (n = 42). A média de idade foi 40,4 ± 11,3 anos, o tempo médio de prática foi 13.5 anos e a média semanal de horas trabalhadas foi de 39 horas. A maioria possui IMC ≥ 25 (54,9%, n = 128), pratica atividade física 3x ou mais por semana (72,5%, n = 169) e tomou medicação para dor no último ano (50,2%, n = 117). Oitenta e nove (38,2%) participantes acreditam que suas atividades laborais foram impactadas devido aos sintomas musculoesqueléticos no último ano. As áreas corporais mais afetadas foram as regiões: cervical (57,1%), lombar (53,6%) e parte superior das costas (54,5%).
Conclusão
Existe uma alta prevalência de distúrbios musculoesqueléticos entre oftalmologistas e residentes de oftalmologia, sobretudo em região cervical, lombar e na parte superior das costas. Tal situação ressalta a necessidade de melhoria das condições ergonômicas na residência e ao longo da carreira oftalmológica.