Sessão de Relato de Caso


Código

RC038

Área Técnica

Córnea

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital das Clinicas da FMUSP
  • Secundaria: Universidade de Vila Velha

Autores

  • JOAO VITOR FORTUNA LARANJEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Thais Teles Soares Kondo (Interesse Comercial: NÃO)
  • Sofia Reinholz Stange (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RECORRENCIA DE CERATITE FUNGICA POS-TRANSPLANTE: QUANDO O TRATAMENTO PRECISA IR ALEM

Objetivo

Demonstrar a complexidade do manejo de infecções pós-transplante de córnea, especialmente quando há o envolvimento de agentes fúngicos.

Relato do Caso

Homem, 52 anos, com transplante de córnea prévio em olho direito devido a infecção por Fusarium compareceu ao pronto atendimento do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com queixa de dor e hiperemia ocular ipsilateral há 7 dias, com acuidade visual de percepção luminosa, inalterada em relação a avaliações anteriores. Foi realizado diagnóstico de úlcera de córnea grave (imagem 1) na região inferior do botão do transplante, provavelmente também pelo Fusarium. Foi realizada coleta de cultura e removido dois pontos frouxos adjacentes à lesão que foram enviados para análise microbiológica. O tratamento instituído foi colírios de cefazolina e gentamicina de uma em uma hora com redução gradual da frequência a cada 72 horas, colírio de anfotericina B de 3 em 3 horas e fluconazol oral. Após 9 dias, houve importante melhora da dor e hiperemia; e a análise microbiológica revelou Proteus mirabilis nos pontos removidos. Neste momento, transicionou-se os colírios antibióticos para moxifloxacino e manteve-se o fluconazol e anfotericina B. Houve evolução favorável da úlcera, com melhora do afilamento estromal e reepitelização progressiva. Dessa forma, com 30 dias de tratamento foi introduzido colírio de insulina e cessado o fluconazol oral; o colírio antifúngico permaneceu até completar 60 dias. Entretanto, 14 dias após suspender a anfotericina B houve nova piora do quadro, quando o paciente queixou-se novamente de dor e havia nova piora do afilamento estromal com desepitelização. Portanto, foi indicado novo transplante de córnea, após o qual ele apresentou boa evolução, sem queixas álgicas, mas não houve recuperação da acuidade visual (imagem 2).

Conclusão

O manejo da ceratite infecciosa fúngica é desafiador, especialmente em córneas já transplantadas. Nestes casos é preciso seguimento rigoroso com tratamentos prolongados envolvendo boa adesão do paciente para evitar recidivas.

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