Código
P025
Área Técnica
Epidemiologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
Autores
- CARLOS AUGUSTO FERRARESI SAMPAIO (Interesse Comercial: NÃO)
- AUGUSTO ALMEIDA (Interesse Comercial: NÃO)
- MARIANA PASQUALIN (Interesse Comercial: NÃO)
- LAURA RUBEL BARZOTTO (Interesse Comercial: NÃO)
- CAROLINA LERNER TRIGO (Interesse Comercial: NÃO)
- SOPHIA BOMURA NOGUEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- GUSTAVO ROSA GAMEIRO (Interesse Comercial: NÃO)
- PEDRO CARRICONDO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANALISE DO IMPACTO DO PROJETO "DE OLHOS PARA O FUTURO" NO ENSINO E ASSISTENCIA OFTALMOLOGICA: UM ESTUDO RETROSPECTIVO
Objetivo
O acesso à assistência oftalmológica no Brasil é desigual. Buscando intervir nisso, a Associação Brasileira das Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) promove o projeto “De Olhos para o Futuro”, que busca ampliar esse acesso por meio de atendimentos oftalmológicos realizados por estudantes de medicina amparados por médicos oftalmologistas. Este estudo avalia o impacto quantitativo das duas últimas edições do projeto, analisando o número de atendimentos, a participação estudantil e a distribuição geográfica, além de explorar sua evolução estrutural.
Método
Foram analisados os dados coletados nas edições de 2023 e 2024 do projeto, abrangendo o total de atendimentos realizados, estudantes participantes e distribuição geográfica. Os dados foram agrupados por região e comparados quanto ao número médio de pacientes atendidos por aluno. As variações entre regiões foram avaliadas para identificar diferenças na demanda oftalmológica e no envolvimento estudantil.
Resultado
No período analisado, foram realizados 4.179 atendimentos em nove cidades de diferentes regiões do Brasil, com média de 208 pacientes por evento, e as variações mostradas no gráfico 1. A região Norte não teve projetos, evidenciando uma lacuna geográfica. Observou-se variação na carga de atendimentos por estudante, sendo a região Sul a de maior volume e o Nordeste a menor. Ademais os projetos diferiram quanto ao perfil dos pacientes atendidos e à estrutura organizacional, impactando diretamente na dinâmica de participação acadêmica, sendo que os de maior volume apresentaram melhor integração com redes locais de saúde e planejamento detalhado.
Conclusão
Os dados demonstram que o projeto ampliou o acesso à saúde ocular e a experiência prática dos estudantes. A análise evidenciou ajustes estruturais que otimizaram a qualidade dos atendimentos. A ausência da região Norte reforça a necessidade de estratégias para fomentar sua participação. Esses achados podem apoiar edições futuras e outros projetos de extensão nacional.