Sessão de Relato de Caso


Código

RC106

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Serviço Oftalmológico de Pernambuco (SEOPE)

Autores

  • HELIO FERREIRA LOPES FILHO (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARIA LUÍSA ARAÚJO BOURBON VILACA (Interesse Comercial: NÃO)
  • DÉBORA ASSIS DE SOUZA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

HEMIANOPSIA HOMONIMA DIREITA EM PACIENTE PEDIATRICO COM LESAO CISTICA SUPRASSELAR: CORRELAÇAO CLINICO-RADIOLOGICA

Objetivo

Relatar caso de hemianopsia homônima direita em criança com lesão cística suprasselar de características radiológicas compatíveis com cisto aracnoide, destacando a importância da avaliação oftalmológica funcional e da correlação clínico-radiológica.

Relato do Caso

Paciente masculino, 11 anos, com diagnóstico de cisto aracnoide suprasselar no primeiro ano de vida e histórico de intervenção neurocirúrgica aos dois anos. Encaminhado para avaliação oftalmológica visando à investigação de possível déficit de campo visual. Ao exame, apresentava acuidade visual sem correção de 20/20 em ambos os olhos, mensurada com optotipo de Snellen, motilidade ocular preservada e reflexos fotomotores presentes e simétricos. Biomicroscopia e fundo de olho sem alterações, evidenciando nervo óptico corado em ambos os olhos. A campimetria computadorizada (Humphrey 24-2, estratégia SITA Fast) evidenciou hemianopsia homônima direita congruente, com limites bem definidos ao longo da linha vertical mediana (Figura 1). A ressonância magnética de crânio, realizada dois meses antes da consulta, evidenciou uma lesão cística suprasselar paramediana à esquerda, bem delimitada, medindo 4,0 × 4,0 × 3,2 cm, com sinal semelhante ao líquor em todas as sequências e sem realce pelo meio de contraste (Figura 1), compatível com cisto aracnoide. A lesão encontrava-se inferior ao quiasma óptico e ao infundíbulo hipofisário (deslocando-os anterossuperiormente) e anteriormente ao tálamo e ao mesencéfalo (deslocando-os posteriormente). Os achados foram comunicados à equipe de neurocirurgia assistente, a fim de acompanhamento multidisciplinar e definição de conduta.

Conclusão

O caso ressalta a importância da avaliação oftalmológica funcional em crianças com lesões intracranianas. A campimetria permitiu identificar disfunção visual não evidenciada ao exame da acuidade visual. A correlação com os achados radiológicos foi essencial para localização da lesão no trajeto das vias ópticas, em topografia compatível com a hemianopsia homônima contralateral à lesão.

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Transportadora oficial

Shuttle

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

Patrocínio Platina

CRISTALIA
JOHNSON&JOHNSON

Patrocínio Ouro

Essilor
Genom

Patrocínio Prata

ABBVIE
Ofta

Patrocínio Bronze

ALCON
CARL ZEISS
ADAPT

69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

27 a 30 de agosto de 2025 | Curitiba/PR

Política de privacidade

Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP