Título

HEMORRAGIA SUB-HIALOIDE EM FOCO: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de melhora significativa em Acuidade Visual (AV) de paciente com quadro de hemorragia sub-hialoide após aplicação intravítrea de antiangiogênico (Anti-VEGF).

Relato do Caso

Feminino, 42 anos, compareceu em consulta oftalmológica com queixa de baixa acuidade visual (BAV) em olho esquerdo há 30 dias. Relatou Hipertensão Arterial Sistêmica. Ao exame oftalmológico: Acuidade Visual corrigida (AVcc) 20/25 em olho direito (OD) e conta dedos (CD) a 1 metro em olho esquerdo (OE); Biomicroscopia sem alterações, Pressão intraocular (PIO): 10 e 7 mmHg. Mapeamento de retina (MR): sem alterações OD, hemorragia sub-hialoide OE. Pressão Arterial 130x70mmHg. Ao levantamento das hipóteses diagnósticas de macroaneurisma roto, discrasia sanguínea e Retinopatia de Valsalva, foram solicitados: Ultrassonografia de carótida, avaliação cardiológica e hematológica e exames pré operatórios para programação cirúrgica de Vitrectomia Via Pars Plana OE. Além disso, foi indicada aplicação de Anti-VEGF, Bevacizumab, em mesmo olho com brevidade. Realizada sem intercorrências depois de 1 semana. Paciente manteve acompanhamento, apresentando-se com AV mantida em OE no 1º dia após procedimento. 30 dias após, apresentava melhora significativa na AVcc: 20/25 OD e 20/40 OE e restante do exame oftalmológico mantido. MR: sem alterações em OD, brilho macular levemente diminuído e reabsorção total de sangramento em região macular em OE. Orientado retorno com exames visando prosseguimento da investigação com setor da retina, no entanto paciente não compareceu para reavaliação e houve perda de seguimento.

Conclusão

A hemorragia sub-hialoide pode resultar de etiologias diversas, e o manejo adequado envolve investigação terapêutica e abordagem direcionada. Dentre os tratamentos possíveis, inclui-se a realização de YAG laser para drenagem do hematoma, vitrectomia e aplicação de AniVEGF. Neste caso a medicação intravítrea acelerou o processo de reabsorção e foi favorável ao prognóstico visual do paciente, uma vez que a deficiência visual pode ser permanente se duração prolongada do quadro.