Sessão de Relato de Caso


Código

RC286

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Estadual de Ponta Grossa

Autores

  • SUELEN QUEIROZ (Interesse Comercial: NÃO)
  • Maria Dagmar da Rocha Gaspar (Interesse Comercial: NÃO)
  • Janete Machozeki (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SIFILIS OCULAR ASSOCIADA AO HIV: CASO TRATADO EM PONTA GROSSA

Objetivo

Descrever o manejo de um caso de uveíte sifilítica em paciente soropositivo, tratado no Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais em Ponta Grossa, destacando a resposta clínica favorável à antibioticoterapia não convencional.

Relato do Caso

Paciente masculino, 20 anos, portador de HIV com carga viral elevada (85.000 cópias/mL, confirmado por PCR), apresentou hiperemia conjuntival esquerda, estrabismo parcial divergente unilateral à esquerda e perda progressiva da acuidade visual, atingindo 20/200 no olho esquerdo (OS), com preservação da percepção luminosa. A investigação laboratorial revelou sorologia treponêmica positiva (VDRL 1:32; FTA-Abs+), confirmação de HIV (Ag p24+) e hemograma sem alterações significativas (6.300 leucócitos/mm³). Exames bioquímicos evidenciaram discreta elevação das transaminases (TGO: 39-52 U/L; TGP: 91-165 U/L), sem repercussão clínica. Instituiu-se terapia com ceftriaxona 2g intravenosa a cada 12 horas por 14 dias, associada ao início da terapia antirretroviral (TARV) com dolutegravir e tenofovir/lamivudina. Durante o tratamento, observou-se melhora subjetiva da acuidade visual, redução do desvio ocular e estabilidade da função hepática. O paciente recebeu alta hospitalar no 16º dia, com orientação para seguimento ambulatorial e acompanhamento oftalmológico.

Conclusão

A neurossífilis ocular pode se manifestar de forma grave em pacientes imunocomprometidos, exigindo diagnóstico e tratamento precoces para evitar sequelas irreversíveis. A ceftriaxona intravenosa é uma alternativa eficaz à penicilina cristalina em contextos hospitalares. A adesão à TARV é essencial para reduzir a imunossupressão e minimizar a progressão de complicações infecciosas. O caso destaca a importância do rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis em pacientes imunocomprometidos, bem como a necessidade de intervenção precoce para otimizar desfechos visuais e sistêmicos. O acompanhamento multidisciplinar é essencial para garantir adesão ao tratamento e prevenção de recorrências.

Promotor

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