Código
P011
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Centro Universitário de Excelência- UNEX
Autores
- MARIA EDUARDA LOPES FERREIRA SEVERO (Interesse Comercial: NÃO)
- Gaby Vinhas Brandão (Interesse Comercial: NÃO)
- Laila Ribeiro Vieira Pamponet (Interesse Comercial: NÃO)
- Joana Mara Sampaio Dantas (Interesse Comercial: NÃO)
- Edylene Lopes Ferreira (Interesse Comercial: NÃO)
- Thiago Silva Soares (Interesse Comercial: NÃO)
- Silvia Naiane Figueiredo Cristovam (Interesse Comercial: NÃO)
- Felipe Mariz Flor (Interesse Comercial: NÃO)
- Pedro Lucas Souza Santos (Interesse Comercial: NÃO)
- Bruna Gassmann Figueiredo Pires (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS TRANSPLANTES DE CÓRNEA NA BAHIA: TENDÊNCIAS E DESAFIOS (2013-2024)
Objetivo
Analisar as tendências epidemiológicas, o tempo de espera e o perfil dos receptores de córnea na Bahia entre 2013 e 2024.
Método
Estudo retrospectivo onde os dados foram coletados no DATASUS e no Sistema Nacional de Transplantes, abrangendo o período de 2013 a 2024. Foram analisados o número anual de procedimentos, as características demográficas dos receptores, o tempo médio de espera e a comparação interregional.
Resultado
Destaca-se 378 transplantes realizados até setembro de 2023, com aumento de 14,8% na lista de potenciais doadores entre 2022 e 2023. O perfil demográfico mostrou predomínio de homens (71,6%) com idade média de 44,5 anos. O tempo de espera médio no Brasil foi de 194 dias, com disparidades regionais – a Bahia apresenta uma fila de 1.331 pacientes. A pandemia de COVID-19 impactou negativamente o número de cirurgias, mas iniciativas recentes, como o Programa Nacional de Redução de Filas, têm buscado reduzir a fila de espera. As principais indicações foram ceratocone (65%) e ceratopatia bolhosa (21%).Em comparação regional, o Ceará lidera com uma taxa superior à média nacional.
Conclusão
As tendências epidemiológicas na Bahia mostram um crescimento nas doações, mas com desigualdades persistentes no acesso ao transplante de córnea. O tempo de espera médio é significativamente afetado por disparidades regionais, com a Bahia apresentando uma fila considerável. O perfil dos receptores é na sua maioria masculino em idade produtiva, refletindo o impacto socioeconômico da cegueira corneal. Portanto, estratégias como ampliação de bancos de olhos e parcerias com perícia forense são urgentes para reduzir tempos de espera e melhorar a cobertura, tempo de espera e perfil dos receptores.