Sessão de Relato de Caso


Código

RC115

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Faculdade de Medicina da Fundação Universidade do ABC

Autores

  • JOSE EDUARDO PALACIO SOARES (Interesse Comercial: NÃO)
  • JOÃO VITOR VANDERLAN MORAES (Interesse Comercial: NÃO)
  • LUIZA CORREIA LOPEZ (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PARALISIA DE MULTIPLOS PARES CRANIANOS COMO MANIFESTAÇAO DE ANEURISMA SACULAR: RELEVANCIA DO DIAGNOSTICO TOPOGRAFICO

Objetivo

Demonstrar a importância do diagnóstico topográfico em quadros de paralisia de múltiplos pares cranianos para direcionar a investigação e auxiliar na identificação da causa-base.

Relato do Caso

Paciente feminina, 82 anos, encaminhada da neurologia para avaliação de baixa acuidade visual (BAV) progressiva e ptose palpebral à direita há nove meses. Apresentava acuidade visual de contagem de dedos a 30 cm em ambos os olhos (AO), reflexos pupilares fotomotor e consensual diminuídos à direita, restrição da motilidade ocular em todas as posições do olhar no olho direito (imagem 1), ptose palpebral e hipoestesia corneana e facial ipsilateral. A biomicroscopia evidenciou pseudofacia bilateral e pressão intraocular de 12 mmHg em AO à tonometria. Na fundoscopia, disco óptico com coloração rósea, bordas delimitadas, relação escavação/disco de 0,3 x 0,4, além de atrofia no feixe papilomacular. Durante internação prévia na neurologia, aventou-se a hipótese de orbitopatia inflamatória, sendo tratada com prednisona, sem resposta clínica satisfatória. Diante da persistência do quadro, foram solicitados exames complementares. A tomografia computadorizada de crânio não demonstrou processo inflamatório ou isquêmico, enquanto a angiotomografia revelou aneurisma sacular do segmento oftálmico da artéria carótida interna direita, medindo 0,3 cm, com orientação medial. A tomografia de coerência óptica macular apresenta alterações sugestivas de membrana neovascular sub-retiniana bilateral (imagem 2), justificando a BAV severa. A associação entre paralisia de múltiplos pares cranianos e aneurismas intracranianos é rara, mas clinicamente relevante. Neste caso, a BAV bilateral dificultou o diagnóstico inicial. A topografia da lesão na angio-TC foi crucial para a elucidação do quadro. Encaminhada à neurocirurgia, não houve indicação de tratamento cirúrgico.

Conclusão

O caso destaca a importância da correlação entre achados clínicos e exames de imagem na investigação da paralisia de múltiplos pares cranianos, direcionando o diagnóstico preciso e otimizando o manejo adequado.

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