Sessão de Relato de Caso


Código

RC276

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Autores

  • KALYNE NAVES GUIMARÃES BORGES (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARCELA NOGUEIRA PESTANA GODOY (Interesse Comercial: NÃO)
  • VILMA SOARES MAGALHAES (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEURORRETINITE POR BARTONELLA HENSELAE: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de paciente com neurorretinite por Bartonella Henselae (BH), ressaltando a importância da investigação diagnóstica mesmo em pacientes sem perfil clínico epidemiológico característico.

Relato do Caso

A.C.S, feminino, 50 anos, proveniente de Brasília-DF, sem comorbidades, atendida no pronto-socorro oftalmológico do HBDF devido quadro súbito de baixa acuidade visual em olho esquerdo (OE) iniciado há cinco dias. Ao exame oftalmológico apresentava acuidade visual de vultos em OE, sinéquia iridocorneana à biomicroscopia, fundoscopia com hemorragia peripapilar, edema de papila e estrela macular. A paciente não apresentou sintomas sistêmicos, além de referir contato esporádico com gatos de vizinhos, o que tornou a suspeita etiológica por BH questionável. Prosseguiu-se com a investigação diagnóstica, observando-se IgM reagente em sorologia para BH. Iniciado tratamento com doxiciclina 100 mg, duas vezes ao dia, durante 04 semanas. Optou-se por iniciar associar prednisona sistêmica, na dose de 1mg/kg/dia em desmame a cada 07 dias, com início após a primeira semana de uso da doxiciclina. Realizou-se acompanhamento semanal da paciente, sendo observado melhora gradual do quadro clínico oftalmológico. Ao final de 04 semanas do tratamento, paciente apresentava acuidade visual de 20/70 em olho esquerdo, redução da estrela macular e do edema de papila. No momento, a paciente encontra-se em acompanhamento em serviço de retina do HBDF.

Conclusão

A infecção por BH na maioria dos casos está relacionada a um quadro sistêmico e autolimitado, sendo associada à inoculação direta do bacilo, através de arranhadura, saliva ou mordedura de um gato. Em 5 a 10% dos casos pode haver acometimento ocular. A literatura evidencia ser raro casos somente com acometimento ocular, sem manifestação sistêmica. Além disso, mesmo sem história epidemiológica característica, deve-se prosseguir com a investigação. Dessa forma, o diagnóstico deve ser considerado em casos de neurorretinite mesmo que o paciente não apresente manifestação sistêmica ou epidemiologia típica da doença.

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