Sessão de Relato de Caso


Código

RC156

Área Técnica

Órbita

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal Fluminense (UFF)

Autores

  • MARIANA DE OLIVEIRA TAVARES (Interesse Comercial: NÃO)
  • JAMIL AUGUSTO CARVALHO DAHER (Interesse Comercial: NÃO)
  • ERIKA MARQUES DEMORI (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SARCOIDOSE ORBITARIA – RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso raro de sarcoidose orbitária, cursando com oftalmoplegia e comprometimento do V par craniano.

Relato do Caso

Paciente feminina, 44 anos, apresenta-se com queixa de amaurose progressiva em olho esquerdo (OE) há 10 dias, associada a parestesia em território de V1 e V2 ipsilateral. Ao exame, apresenta paresia de III e VI par cranianos e leve proptose em OE (Figura 1A). Acuidade visual (AV) corrigida em olho direito (OD) 20/25 e OE movimentos de mãos (MM). Reflexo fotomotor abolido em OE. Anestesia corneana em OE. À fundoscopia (FO), evidenciado em OE disco óptico (DO) com bordos de difícil delimitação. Ao exame físico, apresentava eritema nodoso em membros inferiores e linfonodo axilar palpável à esquerda. Ressonância magnética de crânio e órbitas revelava alongamento e espessamento de seio cavernoso esquerdo, acometendo cavum de Meckel e ápice orbitário, com espessamento dos músculos reto lateral e medial à esquerda, com hipersinal no T2/Flair e realce ao contraste, sugestivo de processo inflamatório/infeccioso (Figura 1B). Rastreio infeccioso e imunológico realizado, pesquisando ativamente auto-anticorpos e doenças granulomatosas, além de dosagem de IgG4, com resultados dentro da normalidade. Aventada a hipótese de síndrome idiopática do ápice da órbita, foi indicada pulsoterapia com metilprednisolona. Biópsia de linfonodo constatou processo inflamatório granulomatoso predominantemente constituído por células epitelióides, sugestivo de sarcoidose. Iniciada terapia imunossupressora com Azatioprina, com melhora da oftalmoplegia (Figura 2A), mantendo esotropia em supradução; permanece com parestesia em região de V1 e V2, em tratamento com terapia neuromoduladora. AV se manteve MM em OE e FO ao final do quadro evidenciava leve palidez temporal em DO de OE (Figura 2B).

Conclusão

A sarcoidose é uma doença multissistêmica de causa desconhecida, o comprometimento orbitário é incomum, cerca de 1% dos casos. O diagnóstico é por vezes complexo, mostrando a importância do seguimento multidisciplinar, objetivando um melhor desfecho clínico e visual.

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