Código
P043
Área Técnica
Glaucoma
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação Altino Ventura
Autores
- FERNANDO ANTONIO CARNEIRO BORBA CARVALHO NETO (Interesse Comercial: NÃO)
- Raphael Caetano Rosa Abreu (Interesse Comercial: NÃO)
- Ingrid Rodrigues de Alencar Pacheco Porto (Interesse Comercial: NÃO)
- Mariana Melo Gadelha Sarmento (Interesse Comercial: NÃO)
- Michel Bittencourt Santos (Interesse Comercial: NÃO)
- Raquel Duarte Rolim (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AVALIAÇAO DA EFICACIA E SEGURANÇA DO IMPLANTE DE TUBO COMO UMA SEGUNDA PROTESE ANTIGLAUCOMATOSA NO MESMO OLHO
Objetivo
Analisar a segurança e a eficácia do implante de uma segunda prótese antiglaucomatosa para controle da pressão intraocular (PIO) e descrever as complicações que podem ocorrer após esta segunda abordagem cirúrgica.
Método
Estudo analítico observacional com análise de prontuários médicos de 12 pacientes submetidos ao implante de um segundo dispositivo de drenagem, na Fundação Altino Ventura, foram analisados.
Resultado
Todos os pacientes tiveram como sua primeira prótese implantada o tubo de Ahmed. O segundo tubo implantado foi o de Susanna em 6 pacientes e o tubo de Ahmed nos outros 6 pacientes. Não houve complicações intraoperatórias. Até o terceiro mês pós-operatório, dentre os pacientes abordados 16,7% (n = 2) apresentaram obstrução do novo tubo, 8,3% (n = 1) apresentou atalamia seguida de descompensação corneana e 8.3% (n = 1) evoluiu com descompensação corneana isolada. Doze meses após a cirurgia, 8,3% (n = 1) dos pacientes apresentaram atrofia iriana, 8,3% (n = 1) apresentaram ceratite herpética, 8,3% (n = 1) apresentaram indentação de íris causando catarata, 8,3% (n = 1) apresentaram hipotonia e 8,3% (n = 1) apresentaram toque endotelial do tubo provocando descompensação corneana. A análise do disco óptico não mostrou mudança significativa na escavação papilar 1 ano após a cirurgia. A média da PIO foi de 12,33 ± 4,10 mmHg e a média de colírios utilizados foi cerca de 1,5 ± 1,24, configurando uma taxa de sucesso de 100%.
Conclusão
O estudo aponta que no geral uma segunda prótese antiglaucomatosa, em casos de glaucoma avançado e de difícil controle, resulta em redução da PIO e da necessidade de hipotensores tópicos bem como apresenta uma taxa de complicações aceitável, mostrando-se um método efetivo e relativamente seguro nesse cenário.