Código
P071
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital de Clínicas de Porto Alegre
- Secundaria: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Autores
- DANIEL LAVINSKY (Interesse Comercial: NÃO)
- Larissa Ruela Oliveira (Interesse Comercial: NÃO)
- Manuela Lange Vicente (Interesse Comercial: NÃO)
- Amira Abed (Interesse Comercial: NÃO)
- Gabriella Zanin Fighera (Interesse Comercial: NÃO)
- Helena Calagaro Beheregaray (Interesse Comercial: NÃO)
Título
EPIDEMIOLOGIA DE MALFORMAÇOES CONGENITAS DA RETINA: DADOS DE 2010 A 2020
Objetivo
Analisar o perfil epidemiológico das Malformação Congênita da Retina (MFCR) registradas no Brasil, no período de 2010 a 2020.
Método
Estudo descritivo de abordagem ecológica com dados coletados no Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no período de 2010-2020 para Malformação Congênita da Retina (CID 10 - Q141).
Resultado
No período analisado, foram registrados 13 casos de MFCR. A distribuição regional indicou uma concentração de nascidos vivos (NVs) com MFCR no Sudeste (53,84%). A análise temporal revelou uma baixa incidência anual, sem um padrão definido de crescimento ou redução ao longo da década. Em determinados anos, não houve registros de novos casos em algumas regiões, o que sugere possíveis subnotificações, limitações nos registros, disparidade estruturais entre serviços de saúde e variações de vigilância epidemiológica.
Conclusão
A análise dos dados confirmou a raridade das MFCR, com a maior concentração de casos no Sudeste, possivelmente devido à melhor capacidade diagnóstica na região e ao maior número de NVs. A ausência de padrão temporal e as variações nos registros sugerem subnotificação. Estudos brasileiros indicam que as malformações oftalmológicas congênitas apresentam uma prevalência de aproximadamente 13 casos por 100 mil NVs. No entanto, esses números englobam diversas anomalias oculares, não sendo exclusivos das MFCR. A carência de estudos aprofundados sobre impede maior entendimento sobre prevalência e impactos, contribuindo para diagnósticos tardios e oportunidades de intervenção precoce perdidas. Investir em vigilância epidemiológica e na melhoria dos sistemas de notificação é essencial para garantir o acesso ao diagnóstico e possibilidade de melhor prognóstico.