Sessão de Relato de Caso


Código

RC039

Área Técnica

Córnea

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital das Clinicas da FMUSP

Autores

  • PEDRO LEMOS SANTOS (Interesse Comercial: NÃO)
  • Vinícius Maksoud (Interesse Comercial: NÃO)
  • Thaís Teles Soares Kondo (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RETIRADA CIRURGICA VIA CAMARA ANTERIOR DE CORPO ESTRANHO ALOJADO EM ESTROMA PROFUNDO, MEMBRANA DE DESCEMET E ENDOTELIO

Objetivo

Descrever a apresentação clínica, a abordagem cirúrgica e os resultados da remoção de um corpo estranho metálico alojado no estroma profundo, na membrana de Descemet e no endotélio, por meio de uma técnica de acesso corneano posterior via câmara anterior com descemetorrexis.

Relato do Caso

Masculino, 54 anos, apresentou-se ao Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com corpo estranho intraocular metálico no olho direito (OD). Ao exame inicial, a acuidade visual era de movimento de mãos no OD. À biomicroscopia anterior, constatou-se hiperemia conjuntival 2+, perfuração corneana autosselante de 1 mm no eixo visual e corpo estranho metálico aderido ao estroma profundo, à membrana de Descemet e endotélio, câmara anterior (CA) formada, Seidel negativo, cápsula anterior rota e catarata traumática (Figura 1). O exame do olho esquerdo foi normal, e a tomografia computadorizada de órbitas descartou corpo estranho na cavidade vítrea. Devido à localização profunda do corpo estranho e à catarata traumática associada, realizou-se uma cirurgia de urgência com incisões corneanas (2,4 mm e 1 mm). Procedeu-se com capsulorrexis e lensectomia, e por fim implante de lente intraocular (LIO) no saco capsular. Em seguida, para acessar o corpo estranho na córnea posterior, realizou-se uma descemetorrexis de 1 mm com uma Inamura invertida via câmara anterior, permitindo a exposição da área afetada e a extração segura do filete metálico profundo. As incisões foram hidratadas, resultando em Seidel negativo e câmara anterior formada. No 7º dia de pós-operatório, a acuidade visual sem correção atingiu 0,8 no OD, com edema corneano central, dobras de Descemet periféricas, câmara anterior ampla, LIO tópica, ausência de lesões corando à fluoresceína e Seidel negativo (Figura 2).

Conclusão

Este caso destaca a gravidade de lesões oculares por corpo estranho, especialmente objetos metálicos. A avaliação detalhada e a intervenção cirúrgica rápida foram essenciais para prevenir complicações e garantir boa recuperação da acuidade visual.

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