Código
RC040
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Evangélico de Belo Horizonte
Autores
- JOSEPH GUALBERTO BICALHO (Interesse Comercial: NÃO)
- LISSA CARVALHO WERNEQUE (Interesse Comercial: NÃO)
- ANDRÉ FRANÇA FONTES CAL (Interesse Comercial: NÃO)
Título
SINDROME IRIDOCORNEAL ENDOTELIAL (ICE): RELATO DE CASO
Objetivo
A Síndrome Iridocorneal Endotelial (ICE) é uma doença ocular rara que afeta a córnea, íris e endotélio corneano, caracterizada pela proliferação anômala de células do endotélio que migram para a córnea e íris. Esse crescimento atípico é responsável por vários dos sinais clínicos observados como o edema corneano, as sinequias iridocorneanas e o glaucoma. O prognóstico da síndrome ICE pode ser variável. Em muitos casos a doença evolui de maneira insidiosa com sintomas que podem ser controlados a partir do tratamento adequado. Contudo, em alguns casos, a progressão pode ser mais rápida levando a complicações significativas tais como a perda da visão especialmente em decorrência ao glaucoma e à opacificação da córnea. O tratamento da síndrome ICE pode variar dependendo da gravidade e das manifestações clínicas sendo frequentemente multidisciplinar com o uso de terapias farmacológicas, intervenção cirúrgica e com o acompanhamento longitudinal. O tratamento visa controlar os sintomas e as complicações da doença, bem como melhorar a qualidade de vida do paciente. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de síndrome ICE e o seu manejo.
Relato do Caso
Paciente, sexo feminino, 49 anos, deu entrada no departamento de córnea apresentando quadro de baixa acuidade visual, edema corneano, rarefação iriana, dispersão pigmentar e aumento da pressão intraocular em OE, contudo sem alteração ao exame físico do OD. Assim, foi prescrito colírio hipertônico 4/4h e britens 12/12h. Diante do quadro, foi corroborada hipótese de síndrome ICE, sendo iniciado acompanhamento concomitante no departamento de glaucoma.
Conclusão
O manejo precoce e o acompanhamento regular são cruciais para melhorar o prognóstico visual. A intervenção precoce pode prevenir a progressão para cegueira em casos graves. O monitoramento contínuo é essencial para detectar complicações, como aumento da pressão intraocular e a progressão do edema corneano. Exames regulares de campo visual, controle da pressão intraocular e avaliação do nervo óptico são fundamentais para o manejo eficaz da condição.