Sessão de Relato de Caso


Código

RC145

Área Técnica

Oncologia Ocular

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Universitário Professor Alberto Antunes

Autores

  • DANYEL LAGES ALVES (Interesse Comercial: NÃO)
  • Antônio Vinícius Barros Martin (Interesse Comercial: NÃO)
  • Raphael Teixeira Costa (Interesse Comercial: NÃO)

Título

INVASAO ORBITARIA BILATERAL SECUNDARIA A LINFOMA DE CELULAS B DE SEIO FRONTAL EM IDOSO: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de linfoma de células B originado no seio frontal com extensão orbitária bilateral, acometimento cutâneo e invasão da fossa craniana anterior em paciente idoso.

Relato do Caso

Homem, branco, 88 anos, com história de lesão cutânea nodular na fronte, de crescimento progressivo, diagnosticada em dezembro de 2023. Foi submetido à exérese da lesão na ocasião, mas evoluiu com recidiva precoce em janeiro de 2024, apresentando ulceração central e exsudato mucoide. Simultaneamente, iniciou proptose progressiva em olho direito (OD) e surgimento de nódulo palpebral superior em olho esquerdo (OE). Ao exame oftalmológico, evidenciava-se proptose e quemose severa em OD, além de lesão endurecida e nodular na pálpebra superior esquerda (figura 1). Ambos os olhos apresentavam restrição da motilidade ocular. A biomicroscopia do segmento anterior estava sem alterações significativas, e o fundo de olho revelava dobras de coroide secundárias à compressão ocular. A ressonância nuclear magnética de órbitas e encéfalo, com gadolínio, demonstrou lesão expansiva em região frontal, com expansão para fossa craniana anterior, meninges e parede medial orbitária bilateral (figura 2). Diante do quadro, optou-se por realizar biópsia da lesão cutânea frontal que sugeriu neoplasia pouco diferenciada, com frequentes figuras de mitose. A imuno-histoquímica complementar confirmou o diagnóstico como neoplasia de células linfoides B maduras, intermediárias a grandes, de alto grau. O paciente foi encaminhado ao serviço de onco-hematologia para estadiamento e tratamento sistêmico.

Conclusão

Os Linfomas de células B no seio frontal são tumores hematológicos raros, mas com potencial de invasão orbitária. Proptose progressiva associada a restrição da motilidade ocular devem sempre levantar suspeita de lesões expansivas orbitárias, exigindo exames de imagem e imuno-histoquímica para diagnóstico preciso. Este caso destaca o papel do oftalmologista na detecção precoce de linfomas invasivos, reforçando a importância da suspeição clínica e do manejo ágil para melhor prognóstico.

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