Título

INTERNAÇOES POR DESCOLAMENTOS E DEFEITOS NA RETINA NO PERIODO PRE E POS PANDEMICO: UMA ANALISE DO PERFIL BRASILEIRO

Objetivo

Analisar o perfil das internações por Descolamentos e Defeitos na Retina no período de 2015 a 2024, bem como investigar possível aumento relacionado à Pandemia de Covid-19.

Método

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo realizado por meio de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O período de 2015 a 2019 foi considerado como período pré-pandêmico e o de 2020 a 2024 como pós-pandêmico. As variáveis de interesse foram: número total de internações, região, sexo, faixa etária e raça. Os valores foram tabulados em planilha no Microsoft Excel e Google Sheets, bem como analisados pelo GraphPad versão 9.3.1, utilizando como intervalo de confiança 95%.

Resultado

Durante o período pesquisado, foram registradas 250.271 internações. A área sob a curva do número de internações/mês foi calculada e, pelo teste de t de Student, não foi encontrada diferença significativa (p=0,0546). Entretanto, o número total de internações por ano foi calculado pela soma de casos de cada mês e, pelo teste de t de Student, obteve-se p <0,05, o que representa um aumento significativo no período pós pandemia. Foi feita a análise de correlação de Pearson entre o ano e o número total de internações respectivas ao ano, a qual revelou uma forte tendência linear (r=0,921). A região Sudeste apresentou o maior número de casos (42,3%), seguida pela região Sul (23,27%). Homens foram mais acometidos (56,15%) e a faixa etária mais afetada foi entre 60 e 69 anos (30,96%), seguida pela idade entre 50 e 59 anos (25,59%). Com relação a raça, brancos (37,44%) e pardos (35,96%) foram mais acometidos.

Conclusão

No período pós-pandemia, observou-se um aumento significativo de Deslocamento e Defeitos na Retina. No entanto, a presença de uma tendência linear já existente anteriormente sugere que os efeitos decorrentes desse evento não são os únicos responsáveis, mas parecem atuar em conjunto com fatores sociodemográficos preexistentes, contribuindo para a progressão da patologia.