Sessão de Relato de Caso


Código

RC044

Área Técnica

Doenças Sistêmicas

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Olhos do Paraná

Autores

  • GRASIELA DE MORAES CAMISA (Interesse Comercial: NÃO)
  • RAONE OLIVEIRA COELHO (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARCELO LUIZ GEHLEN (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ACHADOS OFTALMOLOGICOS CRONICOS DE HANSENIASE: RELATO DE CASO

Objetivo

Apresentar achados oftalmológicos crônicos de Hanseníase com tratamento tardio

Relato do Caso

Mulher, 46 anos, procura atendimento oftalmológico com queixa de baixa acuidade visual (AV) progressiva e de longa data em em ambos olhos (AO), fotossensibilidade e turvação visual. Relatou como história pregressa hanseníase com diagnóstico e tratamento há 2 meses, relata que lesões de face, dérmicas e sensitivas eram de longa data. À ectoscopia apresenta face leonina e lesões dérmicas. Ao exame oftalmológico apresenta AV de 20/200 em olho direito (OD) e conta dedos 3 metros em olho esquerdo (OE), pressão intraocular (PIO) de 26 mmHg em OD e 28 mmHg em OE. Na biomicroscopia apresenta pérolas hansênicas irianas, sinéquias anteriores, catarata densa, reação de câmara anterior 3+/4+, madarose, ceratite difusa, opacidades corneanas, neovasos invadindo córnea. Ao mapeamento de retina apresenta escavação de 0,7X0,7 em OE, demais dentro da normalidade. Foi prescrito corticoide tópico de 3/3horas, duas classes de colírios hipotenosres e colírio lubrificante. Paciente retorna após duas semanas referindo melhora da turvação visual, apresentando AV de 20/150 em OD e 20/400 em OE, PIO de 17 mmHg em OD e 21 mmHg em OE, e à biomicroscopia sem reação de câmara. Paciente continua em uso de Poliquimioterapia única (PQT-U) e colírios prescritos, solicitado exames para planejar facoemulsificação e foi encaminhada para o setor de glaucoma para avaliação.

Conclusão

A hanseníase é uma doença causada pela infecção de Mycobacterium leprae, que compromete principalmente a pele e os nervos periféricos e pode causar alterações oculares. O acometimento ocular ocorre em 50% dos casos e pode levar a cegueira, as principais alterações oculares são lagoftalmo, ceratopatia, iridociclite, madarose e catarata precoce. Os principais mecanismos que levam à perda da visão são atrofia iriana progressiva, úlceras, perfurações e opacificações corneanas, catarata e glaucoma de ângulo aberto. A terapêutica oftalmológica depende da complicação ocular, assim, o tratamento sistêmico é o mais importante. 

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