Sessão de Relato de Caso


Código

RC071

Área Técnica

Estrabismo

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Santa Casa de Misericórdia de Limeira

Autores

  • HILDA IDA WULFF (Interesse Comercial: NÃO)
  • FLÁVIA WADA KAMEI (Interesse Comercial: NÃO)
  • FERNANDA SPAGNOL (Interesse Comercial: NÃO)

Título

TECNICA DOUBLE INTERLACING PARA CORREÇAO DE PARALISIA DE VI NERVO CRANIANO

Objetivo

O objetivo deste trabalho é relatar um caso de paralisia de VI nervo craniano após acidente automobilístico e sua correção com a nova técnica cirúrgica double interlacing.

Relato do Caso

Homem, 30 anos, antecedente pessoal e familiar sem relevância. Há um ano sofreu um acidente automobilístico evoluindo com esotropia de grande ângulo e diplopia. Ao exame oftalmológico: acuidade visual em olho direito (OD): 20/20 (+0,25 DE -0,50 DC x 170º) e olho esquerdo (OE): 20/20 (+0,50 DE). A biomicroscopia anterior e fundoscopia sem alterações. Ao exame de motilidade ocular extrínseca apresentava restrição de abdução em OE -4 (não ultrapassa a linha média). No Krimsky test apresentava esotropia de 50 DP OE (imagem 1). O diagnóstico foi de paralisia do VI nervo craniano à esquerda e a proposta cirúrgica foi através da técnica de double interlacing, que consiste na transposição das metades superior e inferior do músculo reto lateral, divididas longitudinalmente, para os músculos retos superior e inferior, respectivamente, entrelaçando-os e após refixando as duas metades do reto lateral em sua inserção original. No intraoperatório foi realizado o teste de ducção forçada que apresentou resultado negativo, para descartar contratura do músculo reto medial ipsilateral. No 1º pós operatório paciente apresenta acuidade visual de 20/20 em ambos os olhos, com melhora no alinhamento (imagem 2) e ganho de pequena abdução

Conclusão

A paralisia do VI nervo craniano geralmente causa desvios de grande ângulo, dificultando a prescrição de prismas para aliviar os sintomas. Nesse contexto, a intervenção cirúrgica é a melhor abordagem. Desde a técnica inicial de Hummelsheim, em 1908, várias outras foram descritas em busca de melhores resultados. A técnica double interlacing, proposta em 2023 por Mendonça et al, mostra eficácia cirúrgica, boa reprodutibilidade e vantagens em relação a outras técnicas, como menor risco de desvios verticais consecutivos e isquemia do segmento anterior. Concluímos que a técnica é eficaz, corrigindo o desvio horizontal e melhorando a abdução do olho afetado.

Promotor

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Organização

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