Sessão de Relato de Caso


Código

RC264

Área Técnica

Trauma/Urgências

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: CENTRO OFTALMOLÓGICO HOSPITAL DIA

Autores

  • GUILHERME CARVALHO DE MOURA (Interesse Comercial: NÃO)
  • LUCCA PASSAGLIA DE OLIVEIRA DUARTE (Interesse Comercial: NÃO)
  • JESSICA TEIXEIRA CUNHA GATTAS (Interesse Comercial: NÃO)

Título

CORPO ESTRANHO INTRA-OCULAR POS TRAUMA SEM ORIFICIO DE ENTRADA VISIVEL: RELATO DE CASO.

Objetivo

Relatar um caso de corpo estranho intraocular (CEIO) metálico sem identificação de porta de entrada após trauma ocular fechado.

Relato do Caso

Paciente masculino, 42 anos, apresentou queixa de moscas volantes em olho esquerdo (OE) há 10 dias após trauma com material metálico. À admissão, acuidade visual era de 20/20 em ambos os olhos. O exame biomicroscópico do OE mostrou conjuntiva, esclera e córnea íntegras, Seidel negativo e ausência de sinais de perfuração ocular. Contudo, o mapeamento de retina revelou CEIO metálico em periferia inferior aderido à retina, com hemorragia vítrea e ponto branco envolto por hemorragia peripapilar. Exames de imagem (ultrassonografia e tomografia) confirmaram o CEIO, sem porta de entrada visível. Indicada vitrectomia via pars plana (VVPP) de urgência com imunização antitetânica. Após 45 dias, foi realizada cirurgia com remoção do CEIO na base vítrea às 5h, observando-se roturas retinianas adjacentes e pigmentação inferior. Procedeu-se com endolaser 360°, aplicação de triancinolona e preenchimento com óleo de silicone. No 27º dia de pós-operatório (PO), a pressão intraocular (PIO) atingiu 29 mmHg, sendo controlada com colírios. Após quatro meses, realizou-se nova VVPP para retirada do óleo, associada à facoemulsificação com implante de lente intraocular, endolaser complementar e gás C3F8. O paciente apresentou novo pico hipertensivo (36 mmHg), tratado com acetazolamida e colírios. Evoluiu com melhora progressiva, PIO de 17 mmHg, acuidade visual de 20/25 e retina acolada, com marcas de laser 360°.

Conclusão

A ausência de porta de entrada visível neste caso reforça a importância do mapeamento de retina e exames de imagem em traumas oculares. A conduta precoce e o manejo adequado das complicações, especialmente da hipertensão ocular, foram decisivos para o desfecho visual e anatômico favorável.

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