Título

ABSCESSO MAXILAR COM INVASAO CRANIANA E OFTALMOPLEGIA: RELATO DE CASO

Objetivo

Este relato descreve a evolução e os desafios no diagnóstico e tratamento de um abscesso maxilar extenso com invasão craniana, acometimento orbitário e oftalmoplegia esquerda. Destaca a gravidade das infecções odontogênicas e sua disseminação para seios paranasais, órbita e SNC. Enfatiza a importância do manejo multidisciplinar (neurocirurgia, oftalmologia e infectologia) e a vigilância para prevenir complicações, como úlceras de córnea.

Relato do Caso

Paciente masculino, 44 anos, com difícil acesso a serviços de saude, deu entrada na Santa Casa de Campo Grande com edema facial progressivo, dor maxilar esquerda e febre há 3 dias. Havia extraído um dente no mesmo lado há 3 dias. Evoluiu com oftalmoplegia, proptose, ptose e baixa acuidade visual, sendo solicitada avaliação oftalmológica. A tomografia revelou lesão expansiva na maxila esquerda, invadindo seios paranasais e seio cavernoso, sugerindo abscesso intracraniano. Internado sob cuidados da neurocirurgia, iniciou antibioticoterapia venosa. O exame oftalmológico mostrou acuidade visual de 20/25 no olho direito e “conta dedos” no esquerdo. Biomicroscopia revelou córnea transparente, pupila em média midríase e não reagente, proptose e fechamento palpebral completo. Fundo de olho com retina aplicada e mácula livre. Oftalmoplegia completa sugeriu acometimento de 3, 4 e 6 pares cranianos, levantados suspeita de trombose séptica de seio cavernoso. Após 15 dias de antibioticoterapia, a ressonância mostrou densificação retro-orbitaria sem coleções drenáveis. A oftalmologia esta em acompanhamento para possíveis abordagens cirúrgicas caso necessário.

Conclusão

Este relato descreve a evolução e os desafios no diagnóstico e tratamento de um abscesso maxilar extenso com invasão craniana, acometimento orbitário e oftalmoplegia esquerda. Destaca a gravidade das infecções odontogênicas e sua disseminação para seios paranasais, órbita e SNC. Enfatiza a importância do manejo multidisciplinar (neurocirurgia, oftalmologia e infectologia) e a vigilância para prevenir complicações, como úlceras de córnea.