Sessão de Relato de Caso


Código

RC064

Área Técnica

Estrabismo

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto de Olhos Ciências Médicas

Autores

  • JOAO VICTOR MAGALHAES SCOPEL (Interesse Comercial: NÃO)
  • THABATA MACHADO CORREIA DOMINGUES (Interesse Comercial: NÃO)
  • DANIELLE PESSOA MACHADO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ENTRE RETOS E OBLIQUOS, TORTUOSO CAMINHO ATE O DIAGNOSTICO DE MIASTENIA GRAVIS

Objetivo

O objetivo deste trabalho consiste em evidenciar a relevância das alterações oftalmológicas para o diagnóstico da Miastenia gravis (MG), uma doença autoimune com perda flutuante de tônus muscular devido à disfunção na transmissão neuromuscular. Além disso, destacamos os desafios que podem ser encontrados para a conclusão diagnóstica.

Relato do Caso

Paciente, 56 anos, encaminhado ao Instituto de Olhos Ciências Médicas devido a queixa de diplopia binocular horizontal intermitente progressiva, com início há 7 meses. Relatava alterações sistêmicas de início no último ano, como ptose, disfagia progressiva e fraqueza generalizada. Já havia sido submetido à endoscopia digestiva alta, exames de imagem e longa propedêutica, incluindo a pesquisa de auto anticorpos anti-AChr, todos sem alterações e, até então, sem conclusão diagnóstica. Encaminhado ao psiquiatra e ao otorrinolaringologista para investigação do quadro. Ao exame estrabológico, exibia: esotropia e hipertropia do olho esquerdo; na movimentação ocular extrínseca, observou-se hipofunção de músculos oblíquos inferiores, retos superiores, laterais e mediais. Apresentou grandes oscilações medidas no desvio e nas versões em consultas subsequentes. Sugerida nova avaliação neurológica e exame de eletroneuromiografia (ENM), apesar de exames laboratoriais normais. A ENM evidenciou alteração compatível com MG, sendo iniciado tratamento com Piridostigmina e Prednisona. Após 3 meses do início do tratamento e 16 meses do início do quadro, paciente retornou sem ptose ou diplopia, em ortoforia, com movimentação ocular normal e melhora dos sintomas sistêmicos.

Conclusão

O caso descrito revela dificuldades que podem ser encontradas para o diagnóstico da MG, na qual o exame de auto anticorpos Anti-AChr é positivo em 85% dos casos, mas um resultado negativo não exclui o diagnóstico. Ademais, é importante ressaltar que as alterações oculares podem ser a primeira manifestação clínica da doença e, portanto, o oftalmologista pode ter papel crucial no diagnóstico, como foi o caso em questão.

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