Sessão de Relato de Caso


Código

RC018

Área Técnica

Córnea

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Faculdade de Medicina da Fundação Universidade do ABC

Autores

  • JEMIMA SILVA KRETLI (Interesse Comercial: NÃO)
  • KEVIN JONES BIANCHET (Interesse Comercial: NÃO)
  • LAÍS DE CASTRO OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

CERATITE FUNGICA ASSOCIADA A ESCLERITE E ESTAFILOMA ANTERIOR: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever um caso de ceratite fúngica associado a estafiloma anterior secundário a esclerite, atendido no setor de oftalmologia da faculdade de medicina do ABC.

Relato do Caso

Paciente masculino, 72 anos, previamente hígido, com quadro de dor ocular, hiperemia e fotofobia em olho direito (OD) há 15 dias, refratário ao uso de colírio forte. Ao exame oftalmológico, acuidade visual (AV) de percepção luminosa (PL) em OD e 20/30 em olho esquerdo (OE). À biomicroscopia, evidenciada hiperemia conjuntival (4+/4+), úlcera central corneana (6,0 x 3,5 mm), edema (3+/4+), quemose e pseudohipópio inferior em OD. OE sem alterações. Solicitado confocal, evidenciando epitélio com metaplasia e polimorfonucleares, importante celularidade em estroma anterior e presença de filamento sugestivo de infecção fúngica (imagem 1). Iniciado tratamento com antifúngico tópico. Em consulta subsequente, identificado em biomiscroscopia de OD, afilamento e sobrelevação conjuntival superior com hiperemia (2+/4+) e piora da dor ocular a despeito da resolução da úlcera. Em biomicroscopia ultrassônica (UBM) de OD (imagem 2), observado abaulamento em região superior, em topografia de corpo ciliar, entre os meridianos das 12 e 2 horas, com aspecto ultrassonográfico sugestivo de estafiloma anterior secundário a esclerite. Mantido tratamento com antifúngico. Iniciado terapia via oral com corticoesteroide. Paciente manteve AV inicial e apresentou melhora do quadro de dor ocular. Segue em investigação de esclerite anterior necrosante e em acompanhamento multidisciplinar com reumatologia.

Conclusão

O relato destaca a dificuldade do manejo das infecções fúngicas oculares, tendo em vista a capacidade desses micro-organismos de penetrarem em camadas mais profundas, causando uma intensa resposta inflamatória e possíveis danos estruturais significativos. A esclerite associada à infecção fúngica é um fator de mau prognóstico, devido o risco de perfuração ocular. Assim, a detecção e o tratamento precoces são fundamentais para evitar complicações graves, incluindo perda visual irreversível.

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