Sessão de Relato de Caso


Código

RC238

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto Cearense de Oftalmologia

Autores

  • ANA CAROLINA D´ASSUMPÇÃO RANGEL (Interesse Comercial: NÃO)
  • BEATRIZ ROCHA DE OLIVEIRA BRAGA (Interesse Comercial: NÃO)
  • PEDRO JAVIER YUGAR (Interesse Comercial: NÃO)

Título

OCLUSAO INTERMITENTE DE ARTERIA CILIORRETINIANA ASSOCIADA A APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

Objetivo

Relatar caso de oclusão de artéria ciliorretiniana sem trombo visível e avaliar possível relação com a hipóxia transitória em paciente com apneia obstrutiva do sono

Relato do Caso

Paciente masculino, 35 anos, com hipertensão arterial e obesidade (IMC 34 kg/m²), em uso contínuo de losartana e sertralina, sem histórico oftalmológico. Procurou atendimento com queixa de escotoma no olho esquerdo há 3 semanas. A acuidade visual sem correção foi 20/20 no olho direito e 20/25 no olho esquerdo. À fundoscopia indireta, observou-se alteração oval na região macular do olho esquerdo. Nos exames complementares, a campimetria confirmou escotoma parafoveal. A retinografia simples (Imagem 1) e com infravermelho (Imagem 2) evidenciou alteração de brilho e coloração na região peripapilar. A angiofluoresceinografia (Imagem 3) e a angiografia estavam dentro da normalidade, mas a tomografia de coerência óptica (OCT-A) (Imagem 4) mostrou diminuição da densidade vascular na região macular peripapilar, com reperfusão no território ciliorretiniano, mas manutenção de alterações isquêmicas, reforçando o diagnóstico de oclusão de artéria ciliorretiniana. Foram realizadas investigações para eventos oclusivos em leito arterial, com ultrassom doppler de carótidas, ecocardiograma, Holter e coagulograma, todos sem alterações. Como principal hipótese, foi levantada a oclusão intermitente da artéria ciliorretiniana, secundária à apneia obstrutiva do sono.

Conclusão

A oclusão isolada da artéria ciliorretiniana é rara, pois origina-se da artéria ciliar posterior curta, com menor pressão de perfusão. Está frequentemente associada à hipotensão noturna, muitas vezes exacerbada pela apneia obstrutiva do sono, que causa episódios de hipóxia e flutuação da pressão arterial. Essa condição é mais comum em pacientes obesos, especialmente os que utilizam medicamentos hipotensores. A manifestação inclui palidez na fundoscopia e hiperrefletividade na camada nuclear interna na OCT. O diagnóstico precoce é essencial, mesmo em casos com repercussões subsequentes.

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