Código
RC233
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: HCOE - hospital de olhos
Autores
- PAOLLA PAGAN MEIRA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
- Daniele Piai Ozores (Interesse Comercial: NÃO)
Título
OCLUSAO DE ARTERIA CENTRAL DA RETINA TRATAMENTO TARDIO: RELATO DE CASO
Objetivo
O Objetivo deste relato de caso é demonstrar que o tratamento de Oclusão da Artéria Central da Retina (OACR) mesmo após 72h de evolução pode obter bons resultados em relação a acuidade visual (AV) e desobstrução vascular.
Relato do Caso
Paciente, sexo feminino, 27 anos, chegou a emergência oftalmológica relatando baixa AV súbita de olho direito (OD) há 2 dias, foi atendida em emergência clínica e descartada alteração neurológica. Negou patologia pregressa, estava em uso de anticoncepcional oral. Ao exame oftalmológico, tinha AV de conta dedos a 1M no OD e 20/20 no olho esquerdo. A biomicroscopia sem alteração; pressão intraocular (PIO) 14/15mmhg. Mobilidade ocular extrínseca preservada, pupilas simétricas, isocóricas e fotorreagentes. A fundoscopia, área de palidez retiniana e mácula em cereja em OD. A principal hipótese diagnóstica foi OACR em OD. Prescrito Diamox, Timolol e realizada massagem ocular (MO). No dia seguinte foi realizada nova MO e paracentese de câmara anterior, e introduzido AAS. Logo após foram realizados novos exames, nos quais a angiofluoresceinografia demonstrou desobstrução e reperfusão da retina. Documentadas retinografias com 48h, 72h e 5 meses de evolução. Após 5 meses houve melhora da AV em OD (20/80). Paciente mantém acompanhamento oftalmológico e neurológico, mantém uso de AAS. Foram descartadas patologias reumatológicas e hematológicas.
Conclusão
A OACR é um tipo de acidente vascular encefálico. A etiologia mais comum é a presença de um embolo localizado nas bifurcações dos ramos arteriais. Os fatores de risco incluem vasculopatia, heglobinopatia e inflamação representada por vasuculite. O prognóstico da doença é relacionado com a velocidade de instituição do tratamento, sendo ele: MO, redução da PIO, terapia com carbógeno, trombolíticos e hiperventilação; realizados em até 6h de evolução segundo literatura. Conclui-se que para quadros de OACR o tratamento tardio pode ser instituído, e toda via obter desobstrução vascular e melhora da AV.