Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS DOENÇAS OCULARES E INTERNAÇOES NA REGIAO DE ARAGUAIA, PARA (2023-2024)

Objetivo

Analisar o perfil epidemiológico das doenças oculares e internações hospitalares na região de saúde de Araguaia, estado do Pará, entre outubro de 2023 e outubro de 2024, utilizando o DATASUS para identificar padrões de morbidade, na principais condições e áreas prioritárias, comparando os achados com a literatura para subsidiar políticas públicas oftalmológicas.

Método

Trata-se de um estudo observacional, descritivo e quantitativo, baseado em dados secundários do DATASUS/SIH-SUS, coletados via TabNet entre outubro de 2023 e outubro de 2024. As doenças foram classificadas conforme o Capítulo VII da CID-10, abrangendo traumatismos oculares, glaucoma, catarata, descolamentos de retina, ceratite, conjuntivite, transtornos da refração e outras doenças do olho e anexos. Calculou-se frequências absolutas e relativas, organizadas em planilhas no Microsoft Excel®. Os resultados foram comparados com 23 estudos de 2013 a 2024, revisados em PubMed, Web of Science e BVS, usando descritores como "epidemiologia ocular" e "doenças oculares".

Resultado

Registraram-se 60 internações, com outras doenças do olho e anexos liderando (25%), seguidas por traumatismos oculares (20%) e descolamentos de retina (20%). Ceratite representou 15%, glaucoma 6,7%, catarata 5%, conjuntivite 5% e transtornos da refração 3,3%. Redenção (18,3%) e Ourilândia do Norte (16,7%) concentraram a maioria dos casos, com traumatismos e ceratite destacando-se, refletindo atividades agropecuárias e mineração. Água Azul do Norte e São Félix do Xingu tiveram 11,7% cada, com descolamentos de retina e glaucoma notáveis. Os dados alinham-se à literatura, que associa traumatismos a ocupações rurais e subnotificação a condições como glaucoma e catarata.

Conclusão

Vê-se alta carga de traumatismos e doenças da retina, evidenciando lacunas no diagnóstico precoce e acesso oftalmológico na região de Araguaia. A baixa frequência de catarata e glaucoma sugere manejo ambulatorial