Sessão de Relato de Caso


Código

RC110

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital da Visão Curitiba

Autores

  • BERNARDO REICHERT (Interesse Comercial: NÃO)
  • Luisa Fanezzi Stoll Magassy (Interesse Comercial: NÃO)
  • Manoel Manfredini Gracia (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEUROPATIA ÓPTICA ISQUÊMICA ANTERIOR BILATERAL SECUNDÁRIA À ARTERITE TEMPORAL - UM RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever um caso de neuropatia óptica isquêmica anterior (NOIA) bilateral secundária à arterite temporal, destacando os desafios diagnósticos e terapêuticos.

Relato do Caso

Paciente masculino, 63 anos, com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) insulinodependente e hipertensão arterial sistêmica (HAS), apresentou perda súbita de acuidade visual no olho esquerdo, com padrão altitudinal inferior. Após 72 horas, o olho direito foi acometido de forma semelhante, associado a cefaleia frontotemporal. Exames laboratoriais revelaram proteína C reativa (PCR) de 12 mg/dL e velocidade de hemossedimentação (VHS) de 120 mm/h. Os exames complementares realizados, incluindo tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassonografia Doppler das artérias carótidas e temporais, não evidenciaram outras causas isquêmicas que justificassem a neuropatia óptica. O exame oftalmológico revelou acuidade visual de percepção luminosa no olho direito e ausência de percepção luminosa no olho esquerdo. A fundoscopia mostrou achados compatíveis com arterite temporal, incluindo palidez difusa do disco óptico bilateral, edema de disco em reabsorção no olho direito e atrofia óptica no olho esquerdo. A tomografia de coerência óptica (OCT) evidenciou afilamento difuso da camada de fibras nervosas da retina, e a angiografia fluoresceínica demonstrou disco óptico pálido com atrofia peripapilar bilateral. Foi instituída pulsoterapia com corticoide, porém, não houve recuperação da acuidade visual. Optou-se por não realizar a biópsia da artéria temporal para evitar possíveis iatrogenias, considerando a ausência de benefício clínico neste momento.

Conclusão

A NOIA bilateral é uma manifestação rara e grave da arterite temporal. A diferenciação entre causas isquêmicas e não isquêmicas é essencial para guiar o tratamento. Este caso reforça a importância da suspeição clínica precoce e do tratamento imediato para minimizar sequelas visuais.

Promotor

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69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

27 a 30 de agosto de 2025 | Curitiba/PR

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